Após denúncia de ex-assessora e diversos exposed de ativista de Direita, a gota d’agua foi as revelações bombásticas de ex-marqueteiro do PSL. Em sua rede social, Roger Usai, disse que Senadora o apoiava a ser crítico ferrenho do presidente Jair Bolsonaro.
Em texto impactante e cheio de revoltas o ex-marqueteiro disparou que “a senadora Soraya Thronicke sempre me incentivou nos bastidores a manter a minha postura agressiva contra o Bolsonaro”, e isso gerou revolta entre bolsonaristas da Capital.
Em contato com ativista crítico da senadora, Rafael Bais do Blog do Bais, o mesmo se diz não surpreso com a postura da Senadora. Bais ainda completou relembrando o episódio da Senadora que viajou para China atras de tecnologias questionáveis. Já a ex-assessora de Soraya Thronicke, Juliana Gaioso, em entrevista ao Jornal da Cidade Online expôs toda a sujeira nos bastidores do gabinete da Senadora.
A equipe do G7 Midia entrou em contato com alguns dos envolvidos na denúncia.
A DENÚNCIA DA ASSESSORA
Em entrevista realizada ao Jornal da Cidade Online, a ex-assessora de comunicação de Soraya Thronicke explicou o seu motivo de ter se desligado da Senadora. Para Juliana Gaioso as recentes atitudes da senadora foram decisivas na sua tomada de decisão.
Em entrevista Juliana disse que não confia e não se arrisca a dizer que a Senadora é Conservadora, para ela as demonstrações na CPI da Covid. Em uma primordial da entrevista Juliana disparou contra a Senadora exatamente por conta da CPI.
“Para falar a verdade, a minha pá de cal para pedir para sair do mandato dela foi a CPI. O que eu vi na CPI e já vinha vendo mesmo afastada por conta da Pandemia por conta de problemas de Saúde. Pela CPI ela é realmente outra pessoa! Não é a pessoa que eu conhecia.”
Juliana também questiona se a Senadora realmente foi algum dia Conservador e dispara: ” Eu hoje não sei se ela é conservadora, eu não acredito que ela já foi conservador! Eu acreditei na história dela, de verdade, como todos acreditaram. HOJE EU NÃO ACREDITO MAIS!”
ELA NUNCA ME ENGANOU
Para o ativista Rafael Bais do Blog do Bais a Senadora nunca o enganou. Segundo Bais a mesma teria já mostrado indícios de ser de ‘esquerda’ em conversas pessoais. Hoje enfrentando acusações da própria na justiça, o ativista diz não temer a tentativa de censura da Senadora.
“Minha vida é um livro aberto, e todos sabem que sempre estarei do lado do nosso Presidente! Já algumas pessoas usaram Bolsonaro para ‘surfar na onda’ e se eleger hoje em dia. Minha luta em defesa do presidente é de longa data, comecei antes de 2018 a segui-lo e até hoje estou! Alguns já se mostraram a que vieram, traíram Bolsonaro e os seus eleitores.”
MARQUETEIRO CRITICO DO PRESIDENTE, DIZ QUE SENADORA O APOIAVA NOS BASTIDORES
Em entrevista exclusiva com ex-marqueteiro da Senadora foi revelado muito mais do que em seu post em rede social, Roger expôs situações que presenciou com Soraya e acredita que esse momento seria fundamental para a Senadora se posicionar de vez.
Você acha que a senadora Soraya traiu o presidente Bolsonaro?
Acho que embarcar nessa de falar que ela é “traidora” ou “caroneira do Bolsonaro” é muito simplista e acaba sendo uma cortina de fumaça para o real problema que cerceia o mandato e a conduta da senadora Soraya.
Quem me conhece, sabe que não é de hoje que sou crítico do atual governo. Em minhas redes sociais eu já teci comentários duros contra a gestão Bolsonaro.
Acho que o termo mais adequado para “classificar” a senadora, seria COVARDE.
Por que COVARDE?
Quem conviveu com ela nos bastidores de forma próxima como eu, sabe que ela não é adepta da postura no qual o presidente conduz o governo e nem da figura dele.
Nas redes sociais ela consegue de longe, mas bem de longe dá um aceno nesse sentido. É só ver a forma como ela se porta no Twitter, no Facebook e no Instagram. Parece que são pessoas diferentes.
No Twitter ela é bem mais agressiva em relação a críticas, mas ela não consegue criticar o governo diretamente, ela parte para cima de apoiadores, da “direita irracional” como costuma dizer.
Por isso que digo que ela é covarde. Ela critica muito nos bastidores, ataca apoiadores do governo federal no Twitter, e no outro dia posta fotinha no Instagram bajulando ministro, falando que o governo atendeu seus pedidos.
Olha, não sou psiquiatra, isso precisa de uma avaliação. Para mim isso não é normal.
Como não tenho certificado médico para dá um atestado clínico a respeito da personalidade dela, prefiro dizer que ela é covarde.
Você publicou recentemente em suas redes sociais algo a respeito dela te incentivar a criticar o governo Bolsonaro. Isso procede?
Sim.
Ocorreu um episódio no dia da comemoração do aniversário de uma amiga nossa em 2020 onde essa amiga chegou para a senadora na roda de conversa na qual estava eu, a senadora e seu esposo e outro casal de amigos nosso, e disse, “Senadora, eu não sei o que faço mais, eu já pedi para o Roger parar de bater no presidente…”, a senadora interrompe nossa amiga balançando a cabeça negativamente e diz “Não, Roger. Pode bater, é pra bater mesmo. Ele só faz cagada.”, nossa amiga que é Bolsonarista leva a mão a cabeça e diz “ai meu Deus”.
Eu cito essa conversa porque foi um episódio mais emblemático, mas em outras situações onde a conversa envolvia assuntos relacionados a criticar o presidente, ela nunca falou para eu parar de bater no Bolsonaro, nunca ela me orientou nada nesse sentido.
Mas um tempo depois um assessor dela, mandou um print de uma publicação minha batendo no presidente para essa mesma amiga nossa questionando eu de estar batendo nele em um tom de como se eu tivesse fazendo algo que não deveria fazer.
Quem é essa amiga de vocês que fez parte dessa conversa?
Prefiro não citar o nome, pois não sei se ela autorizaria.
Você fez parte da equipe de campanha dela em 2018? Ela já era crítica do governo Bolsonaro?
Posso dizer que de certa forma sim, pois eu cheguei a produzir alguns materiais para ela.
Ele chegou a ligar para mim pedindo edição de vídeo, mas eu não era do “núcleo duro” ali da campanha.
Mas isso tudo informalmente, nunca houve contrato, era algo que à época fiz um pouco pela causa, por acreditar naquela campanha que envolvia o presidente Bolsonaro e de pessoas próximas que eu era amigo.
Agora a respeito dela criticar o governo Bolsonaro, na época eu não vi, até porque eu era uma espécie de “estranho” ali, ela não me conhecia, e a grande maioria do núcleo duro da campanha dela também não, e eu prestei serviços de campanha para outros dois candidatos à época também, então eu tive contato próximo com ela poucas vezes, mas o suficiente para criar um vínculo de amizade e confiança posteriormente.
Qual foi o seu vínculo profissional com ela?
Além dela, um outro candidato a deputado federal que eu também dei suporte na campanha dele foi eleito, e me chamou para trabalhar com ele.
Fui nomeado no gabinete dele.
Esse deputado e a senadora eram parceiros, pois fizeram campanha juntos e eram do mesmo partido. Então no início era comum fazermos trabalhos em conjunto que envolvia equipe nomeada dela e dele.
Em junho de 2020 após uma situação particular do deputado comigo, eu optei em pedir a exoneração do gabinete dele.
Nessa época os dois haviam rompido relações, coisa pesada, só que eu sempre tive boa relação profissional e de amizade com a senadora e com o pessoal do gabinete dela, então foi natural que após o meu desligamento do gabinete do deputado, a minha aproximação com a senadora.
Mas você trabalhou no gabinete dela?
Não. Nunca tive nem a oportunidade, algumas coisas estranhas aconteciam para que houvesse um impedimento de eu ser contratado pelo gabinete dela, mesmo eu fazendo serviços informais para o mandato dela. Não estou aqui cobrando esses serviços, à época eu fazia de bom grado, pois como eu disse, eu tinha uma relação de amizade com eles, pelo menos da minha parte.
Mas digo que teve algumas oportunidades onde ela poderia ter me contratado pelo gabinete, mas a coisa nunca andava.
Já relataram para mim em off que era o pessoal do gabinete de Brasília que impedia isso, pois eles supostamente queriam tomar conta do gabinete da senadora, e de fato a relação do gabinete de Brasília e do gabinete de Campo Grande nunca me pareceu ser algo muito amistoso.
Mas enfim, independente de quem supostamente articulou contra mim ou não, a caneta era da senadora, quem decidia no fina lera ela, então se eu nunca fui nomeado lá foi porque ela não quis.
E as fotos que você tem publicado com a senadora, parecem ser de trabalhos, coisas de bastidores. Se você não era nomeado, como era essa relação de trabalho com ela?
Eu fui contratado por ela pelo PSL-MS. Um contrato de serviço temporário para atender as demandas dela na pré e na campanha das eleições municipais de 2020.
Acho que foi a forma que eles encontraram para eu poder trabalhar com eles onde todo mundo saia feliz, a senadora que gostava do meu trabalho, eu que estava trabalhando e o pessoal de Brasília longe de alguém de MS (risos).
Então nesse serviço eu atendia as demandas da senadora como presidente estadual do PSL-MS, nas viagens que ela fazia pelo interior, produção de materiais com candidatos. O meu acordo com ela era eu atender as demandas dela quando precisasse, eu ficava de plantão para atende-la, o que foi feito.
E após a campanha, você continuou trabalhando para ela?
Após a campanha de 2020 a coisa mudou bastante ali no “mundo Soraya”. Aquela campanha foi um divisor de águas.
Pessoas próximas dela foi exonerada do gabinete, afastadas, e eu fui um desses.
A justificativa que me deram era que o partido não tinha mais orçamento, que caiu pela metade.
Nessa altura do campeonato eu tinha acabado de descobrir que minha esposa estava grávida de gêmeos. Sugeri a eles através das pessoas que conversaram comigo pra gente reajustar o que eu recebia, que não seria problema para mim, ou para eu ser contratado pelo gabinete, já que eu sempre prestei serviços para eles, ou através do projeto Brasil Certo, que a senadora administrava um orçamento para a execução desse projeto, que acabou privilegiando pessoas de fora do estado.
Mas que fique claro, para mim, ninguém tem a obrigação de contratar ninguém. Ninguém é obrigado a ter relação com quem não quer.
Porém a forma que o rompimento foi conduzido comigo, foi uma espécie de expurgo de uma persona non grata que envolvia Fake News de parente incompetente dela que dizia nos bastidores que eu não cumprir o combinado, que eu não atendi Campo Grande.
Ela sempre soube que isso era falácia, que era mentira, mas nunca entrou na frente para me defender.
Por isso eu usei aquela frase na minha publicação que eu relato meu rompimento com ela, “Quer ser gente? Jamais se cale diante da injustiça”.
Quem é esse parente dela no qual você se refere?
Prefiro não dizer, para não correr risco de ter que responder processo e gastar o que não tenho com advogado. Para eu fazer isso, eu teria que expor conversas particulares com ela, e não quero fazer isso.
Mas não é difícil apurar quem seja. Apesar dela gostar de nomear familiares na estrutura pública, nem todos tem papeis muito ativos na prática.
Por que você resolveu falar disso só agora? Foi por que eles não te contrataram?
Eu trabalho com comunicação visual, criação de identidade visual, produção de conteúdo audiovisual e atendo muita demanda de marketing político e eleitoral, então não é prudente, e muitas vezes nem é moral, você sair criticando e expondo publicamente clientes que já atendeu.
Então prezei pela prudência e àquilo que eu julgava justo para conduzir esse meu rompimento que envolvia acordos de cavalheiros não cumpridos e acusações internas que manchavam a minha reputação profissional.
Eu tentei durante todo esse tempo resolver a minha situação de forma interna com ela e através de pessoas que ela colocava para conversar comigo.
Eu não concordava com as justificativas para o meu “afastamento”, mas aceitava o afastamento em si, pois como eu disse, ninguém é obrigado a ter uma pessoa que não quer.
Só que eu estava com uma esposa grávida, dois filhos batendo a porte, dívidas que adquiri confiando em um acordo de cavalheiros, conversas de bastidores que manchavam minha reputação profissional, omissão por parte da senadora, inúmeras reuniões que não se resolvia os acordos, compromissos honrados da minha parte e não tive reciprocidade da parte de lá.
Julguei que era chegada a hora de eu expor isso para o publico com o intuito de preservar minha imagem profissional. Apenas isso, pois reparação financeira eu já havia entendido que não haveria da parte deles.