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Allyson Leguizamon

Grupo na Câmara se prepara para ser a ‘tropa de choque’ do Consorcio Guaicurus em CPI

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No centro e sentado, Dr. Lívio explica aos demais vereadores o objetivo da convocação do dia 12/3.
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O vereador Dr. Lívio convocou o Consórcio Guaicurus e a Agereg para cobrar esclarecimentos sobre a queda na qualidade do serviço

Enquanto os 11 vereadores que assinaram o pedido para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades nos serviços do Consórcio Guaicurus aguardam o parecer do procurador jurídico Luiz Gustavo Lazzari sobre a abertura do processo, outro grupo da Câmara Municipal de Campo Grande já está em ação.

O vereador Dr. Lívio (União Brasil), presidente da Comissão de Transporte e Trânsito da Câmara, tomou a iniciativa de solicitar esclarecimentos aos diretores da concessionária e da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) sobre a queda na qualidade do transporte coletivo.

Um caso parecido ocorreu em 10 de agosto de 2021, quando uma CPI do Ônibus foi arquivada. Na época, o então presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), conhecido como Carlão, afirmou que, apesar do arquivamento, o Legislativo continuaria acompanhando o serviço por meio da Comissão de Transporte e Trânsito.

Em entrevista ao Correio do Estado, Dr. Lívio explicou que essa é a primeira medida da Comissão de Transporte e Trânsito para atender às demandas da população de Campo Grande, que depende diariamente do transporte público e reclama da baixa qualidade oferecida pela concessionária.

“Agendei uma oitiva para o dia 12 de março, às 9h, durante a sessão da Câmara, no plenário. Como presidente da comissão, preciso priorizar os assuntos relacionados ao transporte coletivo urbano”, destacou.

Ele acrescentou que, diante da incerteza sobre a aprovação da CPI pelo procurador jurídico Luiz Gustavo Lazzari, decidiu dar início aos trabalhos da Comissão de Transporte e Trânsito. “Por isso, convoquei o diretor da Agereg, José Mário Antunes da Silva, e o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira, para que possamos ouvi-los juntos e entender os pontos de vista de cada parte envolvida no contrato”, justificou.

Dr. Lívio enfatizou que, segundo reportagens de sites, jornais, rádios e TVs, tanto a concessionária quanto a Agereg têm descumprido o contrato de concessão do transporte coletivo, e quem sofre as consequências é a população que usa os ônibus.

“Quero começar identificando quais partes do contrato não estão sendo respeitadas por ambos os lados, para que possamos cobrar ações mais efetivas e, ao mesmo tempo, fornecer subsídios para uma eventual CPI futura”, garantiu.

Sobre a possível abertura da CPI para investigar o Consórcio Guaicurus, Dr. Lívio comentou que leu o requerimento apresentado pelo vereador Junior Coringa (MDB) e acredita que o parecer do procurador jurídico pode ser desfavorável. “Pelo que avaliei, os argumentos me pareceram frágeis. Não sei qual será a decisão de Luiz Gustavo Lazzari, mas, se for aprovada, eu assino e trago os responsáveis pelo contrato para um debate amplo sobre o transporte público”, afirmou.

Desde que assumiu a presidência da Comissão de Transporte e Trânsito, o vereador tem defendido uma investigação abrangente sobre o contrato do transporte coletivo, envolvendo tanto o Consórcio Guaicurus quanto as responsabilidades da Prefeitura de Campo Grande.

“Eu apoio uma CPI que faça um trabalho sério e completo, não algo superficial. Há 20 anos, o transporte coletivo de Campo Grande segue na mesma situação, e a única mudança é o aumento da tarifa”, criticou Dr. Lívio.