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Comissão de Ética arquiva processo contra a ministra Cida Gonçalves

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Comissão de Ética arquiva processo contra a ministra Cida Gonçalves.
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A chefe do Ministério das Mulheres do presidente Lula havia sido acusada de negociar a demissão de uma ex-secretária

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu arquivar o processo que acusava a ministra das Mulheres do governo Lula, Cida Gonçalves, de negociar a saída antecipada da ex-secretária Carmen Foro, em troca de verba para apoiá-la em uma candidatura eleitoral.

Conforme noticiado pelo Estadão na última segunda-feira (24), com base na denúncia, Cida havia sugerido um acordo que envolveria o aumento de repasses a entidades no Pará, estado onde a ex-secretária havia nascido, além de buscar dinheiro fora do país para apoiar uma futura candidatura dela em 2026.

A acusação aponta que Cida teria mencionado ainda a possibilidade de indicá-la a uma função ligada à COP 30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, prevista para acontecer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, capital paraense.

A ministra nega as acusações, e ontem (24), os conselheiros decidiram, por unanimidade, arquivar o processo por falta de indícios.

Denúncias

Conforme noticiado pelo Correio do Estado em janeiro deste ano, a sul-mato-grossense Cida Gonçalves, titular do Ministério das Mulheres, se tornou alvo de cinco denúncias formais de assédio moral feitas por ex-servidoras de sua equipe, as quais também a acusam de xenofobia.

Conforme as denúncias, que incluem dossiês escritos e três gravações de reuniões internas, foram apresentadas acusações contra a ministra, contra a secretária-executiva da Pasta, Maria Helena Guarezi, contra a corregedora interna Dyleny Teixeira Alves da Silva e contra Carla Ramos, ex-secretaria nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política.

As denúncias envolvem ameaças de demissão a servidoras, cobrança de trabalho em prazo exíguo, tratamento hostil, manifestações de preconceito e gritos.

De acordo com o relato das ex-servidoras, Maria Helena, segunda na hierarquia do ministério, teria manifestado racismo em uma reunião, enquanto Carla Ramos é acusada de gritar com subordinadas e a corregedora Dyleny da Silva, na avaliação das denunciantes, teria se omitido na apuração das acusações de assédio.

As denunciantes dizem que as hostilidades começaram a partir de um desentendimento entre a ministra e a então secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, Carmem Foro.

Carmen foi exonerada no dia 9 de agosto de 2024. Três dias depois, a ministra convocou uma reunião com os cerca de 30 servidores da área. As denunciantes, as quais estavam nesse encontro, relatam terem ouvido frases da ministra que foram entendidas como ameaça.

Após a saída de Carmen, as ex-servidoras relataram que vivenciaram ainda mais episódios rotineiros de “isolamento político”, em que não conseguiam despachar com a ministra, mas eram cobradas por resultados e entregas com prazos urgentes, afetando a saúde e o bem-estar da equipe.

Com informações de Gazeta do Povo e o Correio do Estado.