O Vereador Rafael Tavares (PL) e a Vereadora Luiza Ribeiro (PT) trocaram farpas sobre o assunto
O vereador Rafael Tavares (PL) está prestes a apresentar mais um projeto polêmico na Câmara de Campo Grande. Mesmo ainda no início de seu mandato, ele já acumula propostas que prometem gerar muita discussão.
Desta vez, Tavares propõe um projeto que exige a gravação das aulas nas escolas municipais da Capital. A ideia veio após a polêmica envolvendo uma professora trans vestida de Barbie durante a recepção de alunos da Rede Municipal de Ensino.
Essa nova polêmica surge logo após o ex-deputado receber uma moção de repúdio do Fórum Municipal dos Sindicatos e Entidades devido à sua proposta de terceirização na saúde.
“Cumpre externar que, servidores públicos municipais, em sua imensa maioria, são obstinados pelo trabalho, dedicados à população, envidam todos os esforços para atender da melhor forma possível, mesmo sem as condições adequadas de trabalho; pois a estrutura municipal frequentemente é insuficiente, além da constante falta de suprimentos e de pessoal. Nós, representantes dos servidores públicos municipais de Campo Grande, reafirmamos nosso compromisso na defesa dos profissionais e usuários do SUS, nos colocando à disposição das instituições competentes e da sociedade civil organizada para promover, juntos, um combate veementemente lúcido sobre as questões relacionadas à saúde”, declarou o sindicato.
Tavares também já apresentou um projeto que define o sexo biológico como o único critério para determinar o gênero dos atletas em competições esportivas profissionais no município de Campo Grande/MS.
O projeto impede, por exemplo, que mulheres trans participem de competições femininas. Um projeto similar foi aprovado em primeira votação na Assembleia, mas não chegou à segunda votação.
Outro projeto proíbe a participação de crianças até 12 anos incompletos em eventos com temática relacionada a ações voltadas ao público LGBTQIA+ e impede o uso de verbas públicas municipais em eventos ou serviços que possam expor crianças e adolescentes a temas eróticos, de orientação sexual ou que possam influenciar sua formação natural de gênero e sexualização precoce.
Além disso, o vereador propôs um projeto que estabelece multa para quem for flagrado consumindo maconha ou outras drogas ilícitas.
Vagas em Ceinf
A vereadora Luiza Ribeiro (PT) criticou a proposta do vereador Rafael Tavares (PL) de instalar câmeras nas escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme). Ela aconselhou Tavares a se familiarizar melhor com a realidade educacional de Campo Grande.
“Com essa proposta, o vereador mostra que desconhece completamente a educação pública de Campo Grande. Minha sugestão é que ele saia do gabinete com ar condicionado e deixe a militância virtual para conhecer de perto a Rede Municipal de Ensino”, respondeu Luiza.
A vereadora convidou Tavares a se juntar a ela para pressionar a prefeita Adriane Lopes a melhorar a educação na cidade. “Aproveite e ajude a pressionar a prefeita Adriane Lopes, sua aliada, para resolver a falta de vagas na educação infantil, onde faltam 8 mil vagas apenas para crianças até 3 anos. Também é necessário pressionar pela construção de escolas de ensino fundamental nas regiões de Caiobá, Centro Oeste, Lageado e Indubrasil. Devemos lutar por professores auxiliares para alunos com deficiência”, complementou.
Luiza encerrou sua fala destacando um projeto recente do Governo Federal, o Pé de Meia. “Deveria aplaudir o presidente Lula, que comprovou a regularidade do Programa Pé de Meia, fundamental para dar condições de realizar o sonho de um futuro melhor para quem não tem os privilégios que, com certeza, ele sempre gozou.”
Tavares apresentou a proposta de câmeras nas escolas após uma professora trans se vestir de Barbie para acolher os alunos na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande. Durante seu mandato na Assembleia, ele já havia criado polêmica ao questionar a atuação de professores, alegando que alguns estariam mais preocupados em fazer militância do que em ensinar.