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Fusões partidárias devem gerar esvaziamentos de siglas no Estado

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Fusões aprtidárias devem movimentar os bastidores políticos do Estado e gerar esvaziamentos nas siglas.
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Com lideranças em lados opostos, clima não é dos melhores entre possiveis fusões

A possibilidade de fusão entre partidos está agitando os bastidores políticos de Mato Grosso do Sul. Líderes locais de diversos partidos observam atentamente as ações dos líderes nacionais, considerando a possibilidade de troca de sigla.

A fusão partidária dá aos parlamentares a oportunidade de mudar de partido, o que pode ocorrer com uma potencial aliança entre PDT e PSB, de olho nas eleições de 2026.

Ambos os partidos, de centro-esquerda, estão em avançadas negociações para uma fusão a nível nacional, mas essa união não é bem aceita dentro do PSB local.

O presidente estadual do PSB, o deputado Paulo Duarte, e uma das figuras de destaque do PDT, o vereador Marquinhos Trad, que já não se dão bem, enfrentam agora um dilema devido às suas posições políticas.

Paulo Duarte faz parte da base aliada do governador Eduardo Riedel (PSDB), enquanto Marquinhos Trad é um opositor declarado do grupo do PSDB, liderado por Riedel e Reinaldo Azambuja (PSDB).

O vereador Carlão, presidente municipal do PSB em Campo Grande, já expressou que pode deixar o partido se a nova sigla decidir se opor ao governo atual.

“Se houver fusão, praticamente, durante a janela partidária eu saio. Não vou entrar em uma oposição só por ressentimentos pessoais. Tem que ser oposição porque o governo é ruim, não por ego. Na minha visão, Eduardo Riedel está fazendo um bom trabalho como governador, apesar de haver espaço para melhorias, mas ele está trabalhando muito. O Estado está se desenvolvendo bem. A senadora Tereza Cristina (PP), nossa senadora, e Reinaldo Azambuja, nosso ex-governador e parceiro, também. Não vou me opor a esse grupo. Se a fusão acontecer e os líderes do PDT decidirem ser oposição, eu estou fora, mas vamos esperar”, explicou.

O PDT não possui representantes estaduais eleitos ou prefeitos, tendo apenas Marquinhos como vereador na capital. Marquinhos, aliás, já manifestou intenção de concorrer a deputado estadual. Por outro lado, o PSB conta com Paulo Duarte na Assembleia Legislativa, Carlão na Câmara Municipal de Campo Grande e Dr. Gabriel como prefeito de Corumbá.

Divergência no Senado

Outros partidos que devem passar por outro embroglio no Estado é o PSDB e o PSD. As siglas discutem uma possível fusão. Caso essa fusão ocorra, a nova legenda precisará decidir quem será o candidato ao Senado, entre Nelsinho e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Nelsinho teve anteriormente um relacionamento mais conturbado com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, mas essa indicação demonstra sua habilidade de articulação, que pode influenciar decisões futuras no partido.

Nelsinho declarou à reportagem que é precoce falar sobre o futuro do partido, mas reiterou que não pretende concorrer a outro cargo, sendo pré-candidato à reeleição para o Senado.

Senador pode ter Reinaldo Azambuja como concorrente a vaga ao Senado Federal.