Setor de Serviços liderou crescimento com 50,36%, apesar de saldo negativo em novembro devido à sazonalidade da Agropecuária e Construção
Entre janeiro e novembro de 2024, Mato Grosso do Sul registrou um saldo positivo de 26.776 empregos formais. O setor de Serviços foi o líder no crescimento, contribuindo com 50,36% do total, seguido pela Indústria com 30,02%. Esses dados são do levantamento do Observatório do Trabalho de MS, elaborado pela Coordenadoria de Economia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), em parceria com a Funtrab (Fundação do Trabalho de MS).
O Comércio teve uma participação de 18,64%, enquanto a Agropecuária representou 13,99%. Por outro lado, o setor de Construção teve um saldo negativo de -13,99%.
Em novembro, Mato Grosso do Sul teve um saldo negativo de -179 empregos. O número de demissões foi maior que o de admissões, com 30.494 contratações e 30.673 desligamentos, indicando uma redução do emprego em comparação com outubro.
“Na realidade, o que vemos hoje no mercado de trabalho formal é uma estabilidade. O resultado de novembro foi influenciado pela Agropecuária, um setor altamente dependente dos ciclos de plantio e colheita, que são sazonais. As culturas de verão estão na fase final de plantio, com as vagas já preenchidas, então é natural que não sejam criados novos postos de trabalho”, explicou o secretário da Semadesc, Jaime Verruck.
A queda no saldo de empregos na construção, segundo Verruck, também reflete a sazonalidade do setor, marcada pelo término de projetos e o intervalo até o início de novas obras. “Em toda a região Centro-Oeste, o cenário foi semelhante devido às características da economia da região. Em MS, tivemos a conclusão da Suzano e a finalização de outras grandes obras, o que afetou as vagas na construção”, complementou.
A maioria dos setores de atividades econômicas teve desempenho positivo em novembro de 2024. O destaque foi para o Comércio (680), seguido pelo setor de Serviços (537), Indústria (155), Construção (-746) e, finalmente, Agropecuária (-805). No setor de Comércio, a reparação de veículos automotores e motocicletas apresentou o maior crescimento entre os demais.
Maior e Menor Saldo
Inocência é o município com o maior saldo de empregos no estado, com 604 vagas, seguido por Campo Grande (321) e Itaquirai (187). Em contraste, os municípios que mais perderam postos foram Ribas do Rio Pardo (-184), Naviraí (-268) e Três Lagoas (-405).
O saldo de empregos para pessoas com ensino médio completo foi o mais expressivo, com 204 vagas. O ensino superior completo teve um saldo positivo de 121 empregos, enquanto o superior incompleto registrou uma perda de 35 vagas. O ensino médio incompleto teve um saldo de 65 empregos e o fundamental incompleto, 47.
Além disso, o estado registrou saldo negativo de -179 empregos em novembro, com 30.494 contratações e 30.673 desligamentos. A Agropecuária e Construção influenciaram essa queda devido à sazonalidade.
PNAD
No trimestre móvel encerrado em novembro de 2024, a taxa de desocupação recuou para 6,1%, a menor da série histórica da PNAD Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012. Os dados foram divulgados hoje (27) pelo IBGE. Essa taxa representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no país, menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. Em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram o desemprego. Ante o mesmo trimestre de 2023, 1,4 milhão de pessoas saíram da população desocupada.
Os índices regionais, que incluem o Mato Grosso do Sul só devem ser divulgados em janeiro, mesmo assim o secretário relembrou que em MS esta taxa de desocupação no trimestre anterior, de abril a junho de 2024, a taxa era de 3,8%. De acordo com a PNAD Contínua, o número de pessoas desocupadas, ou seja, que não estavam trabalhando e buscavam emprego, era de 52 mil sul-mato-grossenses. A população ocupada atingia 1,447 milhão de trabalhadores empregados no Estado.
