Secretário Jaime Verruck destaca potencial do estado para se tornar líder em bioenergia e descarbonização
O Mato Grosso do Sul se posiciona para aproveitar ao máximo o Programa “Combustível do Futuro”, iniciativa do governo federal lançada recentemente com o objetivo de acelerar a descarbonização da matriz de transporte do país. Durante o lançamento, com a sanção do PL 528/2020, o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Semadesc), Jaime Verruck, destacou que o programa impulsionará a cadeia de bioenergia no estado, já consolidada como uma das maiores do Brasil.
“Mato Grosso do Sul se alinha perfeitamente com as diretrizes do programa. Este é um passo extremamente relevante para nós, já que o estado tem uma base produtiva forte em bioenergia. Estamos prontos para expandir ainda mais a produção de etanol, biodiesel e, agora, combustíveis de aviação sustentável”, afirmou Verruck.
Com o programa, o estado poderá ampliar suas cadeias de produção de biocombustíveis como etanol e biodiesel. Mato Grosso do Sul já se destaca como um dos maiores produtores de etanol de milho e cana-de-açúcar do Brasil. “A iniciativa reforça a competitividade do setor no estado, proporcionando novas oportunidades de agregar valor e expandir a indústria de biocombustíveis”, acrescentou.
O programa também incentiva a produção de biometano, combustível com potencial de substituir o diesel em transportes pesados. No Mato Grosso do Sul, diversos projetos já transformam vinhaça e bagaço de cana em biometano. “A entrada do biometano no Programa Nacional é um avanço significativo para a descarbonização do transporte no Brasil”, explicou Verruck.
O estado também vê grandes oportunidades no Diesel Verde, combustível de baixa emissão de carbono. “Com a forte base agrícola, o estado está bem posicionado para beneficiar-se da transição para o Diesel Verde, aproveitando matérias-primas renováveis e resíduos”, comentou.
O “Combustível do Futuro” inclui a regulamentação de tecnologias inovadoras, como a Captura e Estocagem Geológica de Carbono (CCS). Mato Grosso do Sul já está em fase de prospecção para desenvolver projetos de captura de carbono, o que pode abrir novas fronteiras para o estado. “A CCS não só reduz emissões, mas também oferece oportunidades tecnológicas para nosso estado se destacar ainda mais no setor de bioenergia”, destacou Verruck.
O programa também inclui metas ambiciosas para descarbonizar o setor aéreo, com a substituição de combustíveis fósseis pelo SAF (Combustível Sustentável de Aviação). O Mato Grosso do Sul já está em tratativas para iniciar a produção local. “Estamos prontos para entrar nessa corrida e contribuir para a meta nacional de 10% de SAF até 2037”, disse Verruck.
Perspectivas para o futuro
O Programa “Combustível do Futuro” cria um ambiente regulatório favorável para a inovação e desenvolvimento do setor de bioenergia no estado. “Esta nova legislação dá ao Mato Grosso do Sul a base de que precisava para expandir ainda mais a produção de biocombustíveis e fortalecer a economia com foco na sustentabilidade e inovação”, concluiu Verruck.
Com essa iniciativa, Mato Grosso do Sul se consolida como um importante polo de biocombustíveis, beneficiando-se das oportunidades criadas pela nova regulamentação e contribuindo para posicionar o Brasil como líder global em energias limpas.