Presidente regional do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja, vai assumir o comando do PL em Mato Grosso do Sul, partido de Jair Bolsonaro, a partir do dia 1º de janeiro de 2025. A informação foi postada em um grupo de aplicativo pelo atual presidente estadual do PL, Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela.
A entrega do PL para o tucano teria sido acertada na reunião entre Bolsonaro, o governador Eduardo Riedel (PSDB), o deputado federal Beto Pereira, candidato a prefeito da Capital, e o ex-governador em Brasília. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o senador Rogério Marinho (PL), encarregado pelas articulações pelo ex-presidente, também deram o aval.
“A partir de 1º de janeiro de 2020, o PL aqui no MS será dirigido pelo Reinaldo Azambuja”, disse Portela em um grupo nas redes sociais, onde estão todos os presidentes municipais do partido.
“Para quem não gostou, questione o próprio Bolsonaro. Valdemar e o articulador político do PL, senador Rogério Marinho. Sou leal a um amigo de mais de 45 anos, e essa leal é via dupla”, disse Portela, que é amigo de Bolsonaro desde quando serviram ao Exército em Nioaque.
O militar também é grato a Bolsonaro pelo empenho em eleger sua filha, Ana Portela, vereadora de Campo Grande. Além de receber R$ 300 mil da direção nacional do PL, ela é a única candidata na Capital a ter gravações do ex-presidente e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A informação, apagada em seguida pelo cacique do PL, vem causando um rebuliço na política estadual. No ninho tucano, porque Reinaldo vem comandando a campanha do PSDB nos municípios e planeja eleger o maior número de prefeitos da história. Atualmente, são 51 prefeitos filiados ao partido.
O furdunço no PL é porque a sigla abriga muitos críticos do tucano, como o deputado federal Marcos Pollon, que gravou vídeo anunciando que corta as partes íntimas mas não vota em tucano, e o deputado estadual João Henrique Catan, o único que faz oposição a gestão Riedel na Assembleia Legislativa.
