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Recorde de poluição do ar em Corumbá e Ladário atinge novo patamar

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Porto Geral de Corumbá está coberto por fumaça - Foto: Reprodução
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Fumaça de incêndios na Amazônia e na Bolívia chegaram ao Pantanal

A estação de medição da qualidade do ar instalada no Prevfogo/Ibama em Corumbá apontou um novo recorde de partículas poluidoras no dia 10 de setembro. O nível de 448 PM 2.5 representa 46 vezes mais do que os níveis identificados no país com o ar mais poluído do mundo, que é Bangladesh, conforme dados da World Air Quality.

Na semana passada, a estação identificou o nível de 384 PM 2.5, que já era um recorde de registro para a cidade de Corumbá. O equipamento que faz a medição está instalado no Parque Marina Gatass, próximo à fronteira do Brasil com a Bolívia.

Em Bangladesh, por exemplo, o nível medido no dia 11 de setembro apontava 102 PM 2.5, sendo que a média da qualidade do ar naquele país é de 164. Essa medição refere-se a partículas sólidas com menos de 2.5 micrômetros de tamanho, suficientes para entrar na corrente sanguínea e causar uma série de problemas de saúde no médio e longo prazo, bem como o aumento de alergias no curto prazo.

A grande quantidade de fumaça presente em Corumbá, Ladário e toda a região pantaneira tem origem nos incêndios na região do Parque Nacional San Matías, na Bolívia, onde mais de 1 milhão de hectares já foram afetados pelo fogo. Também há reflexo dos rios voadores, que trazem fumaça dos incêndios na Amazônia, além dos incêndios que ocorrem na região do Paraguai-Mirim, município de Corumbá.

A mudança desse cenário só deve ocorrer com a diminuição dos incêndios florestais, o que ainda não tem prazo para acontecer. A possibilidade de chuva nas regiões afetadas pelo fogo ainda é pequena para este mês. Só o Pantanal, neste ano, já queimou mais de 18%.

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