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Incêndios ainda preocupam e autoridades buscam conter focos em Aquidauana e Corumbá

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Incêndio começou no último domingo
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Com aumento de 148% na área queimada em relação a 2020, equipes enfrentam desafios para combater as chamas

Os incêndios continuam a devastar o Pantanal de Mato Grosso do Sul, com novos focos surgindo e as equipes de combate enfrentando desafios em várias regiões. Em Nabileque e Corumbá, duas equipes estão ativamente combatendo os novos focos identificados. Em São Gabriel do Oeste, dois focos distintos estão sendo monitorados: um está controlado e confinado em uma pequena área de serra, enquanto o outro se encontra em uma morraria de difícil acesso, exigindo combate indireto. No Parque Estadual das Nascentes do Taquari, uma guarnição de combate a incêndios florestais (GCIF) está colaborando com militares locais para enfrentar um foco próximo ao parque.

Na região de Aquidauana, os focos de incêndio foram combatidos, mas um foco em turfas continua a exigir atenção especial. A queima de turfa, que ocorre em áreas pantanosas, é particularmente difícil de controlar devido ao seu comportamento subterrâneo. As áreas ao redor de Corumbá, incluindo Passo do Lontra e Porto Esperança, estão sendo monitoradas por drones e satélites após o rescaldo dos pontos quentes. A Serra do Amolar e a região de Salobra também estão sob vigilância, com foco em proteger os ribeirinhos e comunidades locais.

O efetivo atual da Operação Pantanal conta com 121 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, além de reforços de estados vizinhos, Força Nacional, Marinha, Exército e Força Aérea. O apoio inclui também a Polícia Federal, Polícia Militar e agentes do IBAMA e ICMBio. A frota de combate conta com 43 veículos, incluindo aeronaves e caminhões. A operação enfrenta condições climáticas extremas, com temperaturas de até 40°C e umidade relativa do ar reduzida a 10%, agravando a situação dos incêndios.

Desde o início do ano até o final de agosto, a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul chegou a 1.779.075 hectares, um aumento de 148,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 715,4 mil hectares queimados. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ. Além disso, foram detectados 6.387 focos de calor via satélite, representando um aumento de 43% em relação aos 4.465 focos registrados no mesmo período de 2020, de acordo com o Inpe.

O Pantanal, com seus 9 milhões de hectares, representa 65% da região pantaneira, que também se estende ao Mato Grosso, Paraguai e Bolívia. Este ano, o bioma enfrenta a pior estiagem dos últimos 70 anos, o que tem intensificado a gravidade dos incêndios e desafiado as equipes de combate a incêndios em sua tarefa de proteger o ecossistema único da região.

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