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Postura defensiva abriu brechas para oponentes atacarem gestão Adriane

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Postura defensiva fez com que adversários 'mirassem o canhão' para gestão municipal
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Candidatos expõem problemas da Capital e deixam prefeita na defensiva no segundo debate

Os candidatos a prefeito destacaram os problemas de  Campo Grande nas áreas da saúde,  educação, economia e obras inacabadas e deixaram Adriane Lopes (PP) na defensiva durante o 2º debate, realizado na noite desta quarta-feira (21). Em pontos altos do confronto, Beto Pereira (PSDB) responsabilizou a prefeita por sufocar os empreendedores. Já Rose Modesto (União Brasil) chamou a chefe do Executivo de mentirosa.

A prefeita aproveitou as oportunidades para falar dois anos de gestão e se eximiu dos seis anos em que participou da gestão de Marquinhos Trad (PDT), no qual era vice-prefeita. Ela também acusou o tucano e a ex-superintendente da Sudeco de desconhecerem a Capital por “passarem mais tempo em Brasília”.

Beto e Adriane mantiveram a linha de confronto. O tucano ainda conseguiu driblar a prefeita e obter o apoio de Jair Bolsonaro (PL), o qual a progressista vinha pleiteando desde o ano passado.

Dos oito candidatos, sete citaram problemas enfrentados pela Capital. A deputada federal Camila Jara (PT) destacou a falta de novos investimentos na cidade. A petista lamentou a falta de políticas para atrair novas indústrias. “A economia de Campo Grande não vai bem e não conseguiu atrair grandes empresas para se instalar aqui”, lamentou.

“Mato Grosso do Sul cresceu 30% acima da inflação nos últimos anos, enquanto a economia de Campo Grande teve redução de 1,59%”, lamentou Beto Pereira. Em confronto com o tucano, Adriane destacou que a Capital vive pleno emprego e que a Capital sofre com o desvio de empresas para outras cidades pela gestão do PSDB para outras cidades. “É crítica de quem não conhece Campo Grande, o deputado fica mais em Brasília”, alfinetou Adriane.

“O empreendedor não encontra ambiente favorável para os negócios”, criticou o tucano, que acusou a prefeitura de dificultar a vida dos empresários ao dificultar a emissão de alvará e habite-se. “Ninguém consegue vencer a burocracia da prefeitura”, atacou o deputado federal. Adriane reagiu e culpou o PSDB por desviar as empresas de Campo Grande.

Em um dos confrontos, Adriane e Rose trocaram farpas sobre a educação infantil. A ex-deputada federal destacou que as sete obras inacabadas e abandonadas de escolas municipais de educação infantil, que estariam tomadas por lixo e dependentes químicos. Rose se comprometeu em viabilizar R$ 30 milhões para concluir as obras e abrir 1,7 mil vagas para a educação infantil.

A ex-deputada ainda disse que iria buscar recursos por meio do Novo PAC, o programa lançado por Lula (PT), para viabilizar a construção de mais 10 escolas e zerar a fila de espera na educação infantil.

No contra-ataque, Adriane repetiu a estratégia usada contra Beto Pereira e acusou Rose de passar mais tempo em Brasília e desconhecer a realidade de  Campo Grande. A candidata do União Brasil reagiu de forma mais incisiva: “a senhora está mentindo, porque visitei as sete escolas de  educação infantil e estão abandonadas”. “Trabalhei e cuidei da saúde, que deveria ser papel da senhora”, afirmou, citando que conseguiu mais de R$ 390 milhões em emendas.

Camila e Beto Figueiró (Novo) criticaram o abandono da Maternidade das Moreninhas, que está fechada. “A saúde está abandonada e é uma tragédia em nossa cidade”, lamentou o candidato que se apresenta como único da direita.

Adriane usou o tempo para ressaltar os feitos nos dois anos de gestão, como a reforma de 205 escolas, a construção de 150 salas de aulas modulares e o fechamento da Rua 14 de Julho, que ainda vai ser implementado, como medida para revitalizar o Centro.