Ministro do STF teria pedido produção de relatórios para o TSE para embasar decisões no inquérito das Fake News
Parlamentares de Mato Grosso do Sul devem apoiar o pedido coletivo de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Deputados federais, Dr. Luiz Ovando (PP), Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL) confirmaram que devem assinar o documento.
Uma reportagem da Folha de São Paulo, de terça-feira (13), revelou troca de mensagens entre o gabinete do ministro e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), corte que à época era presidida pelo ministro, em que ordenava a produção de relatórios sobre bolsonaristas para embasar decisões no inquérito das Fake News.
O pedido de impeachment foi proposto pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE). Em pronunciamento na terça-feira, o parlamentar afirmou que o documento com mais de 20 páginas lista supostas ilegalidades que teriam sido cometidas por Moraes. As assinaturas devem ser colhidas até 7 de setembro, sábado, aniversário da Independência do Brasil.
Uma coletiva de imprensa será realizada às 15h (BSB), desta quarta-feira (14), para dar mais detalhes sobre o documento.
Beto Pereira não assina
Apesar de sinalizar para o bolsonarismo e até ter conquistado o apoio do ex-Presidente Jair Bolsonaro (PL), para a sua eleição na Capital, o Deputado Federal Beto Pereira (PSDB), ainda não se manifestou favorável ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O movimento de impeachment ganhou força após jornal, Folha de S. Paulo, ter obtido o material com fontes que tiveram acesso a um aparelho telefônico que contém mais de seis gigabytes de mensagens via WhatsApp trocados por funcionários do gabinete de Alexandre de Moraes entre agosto de 2022 e maio de 2023.
Em mensagens, Moraes pediu documentos probatórios sobre bolsonaristas que postaram ataques ao sistema eletrônico de votação, aos ministros do STF e que incitaram os membros das forças armadas que incitaram militares contra o resultado das eleições de 2022.
Em áudios trocados por Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro revelados pela Folha, o juiz instrutor destaca que é preciso que o pedido de produção do relatório tenha como origem o TSE e não o STF, mesmo com os pedidos de Moraes via WhatsApp.
Segundo a Folha, em todos às vezes em que Vieira pediu a elaboração de relatórios por parte de Tagliaferro, o perito seguiu as ordens do juiz instrutor e encaminhou os documentos com o timbre do TSE, como se tivessem sido produzidos a pedido do juiz auxiliar Marco Antônio Vargas.