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Vereador defende protetoras da causa animal que foram presas e cobra centro de acolhimento municipal

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Vereador Professor André (PRD).
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Diante da prisão de duas protetoras de animais em Campo Grande, o vereador Professor André Luis se posicionou a favor do trabalho desenvolvido pelas mulheres, que sozinhas cuidam de mais de 200 animais, entre gatos e cachorros.

Paola de Sousa Brizueña e Natália de Sousa Brizueña, proprietárias da organização não-governamental (ONG) Guarda Animal, foram denunciadas e presas pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat) sob a acusação de omissão de cautela, poluição sonora e perturbação do trabalho alheio, além de maus-tratos aos animais.

As duas, que foram liberadas dois dias após a prisão, cuidam de 212 cachorros e 12 gatos em uma chácara que alugaram no bairro Chácara das Mansões para acomodar os animais, já que a casa em que moravam anteriormente já não comportava a quantidade de gatos e cachorros.

Segundo a fala do parlamentar, antes de denunciá-las por maus-tratos, é preciso considerar o contexto em que elas vivem e trabalham, uma vez que são muitos animais e elas possuem recursos limitados para cuidar de todos eles.

André Luis afirma que as protetoras recolheram muitos animais, inclusive aqueles deixados por terceiros na porta da chácara delas, já que é sabido que o local funciona como abrigo de proteção.

“Elas agem de coração e, do mesmo jeito que existe gente boa, também existe gente ruim. As pessoas deixam cachorros, muitas vezes com filhotes, na porta da chácara para serem acolhidos por elas”, afirmou.

O vereador afirmou que as duas “são protetoras de coração” e preenchem a lacuna deixada Prefeitura de Campo Grande ao não instalar um centro de acolhimento para animais abandonados, o que poderia desafogar a demanda de todos os abrigos mantidos voluntariamente pelos protetores.

“Temos que parar de multar o protetor e começar a cobrar do poder público que ele faça a parte dele, que é implantar o centro de acolhimento, conforme determinado pelo Ministério Público”, enfatizou.

Por fim, o vereador lembrou que a preocupação não é apenas com os animais que, por serem muitos, não estavam sendo tratados de maneira adequada, mas, também, com a saúde mental das protetoras, que possuem excesso de demanda e quase nenhum apoio.

“A saúde mental do protetor de Campo Grande está muito abalada e precisamos da intervenção do poder público”, destacou.

O vereador aproveitou a oportunidade para agradecer o trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que foram ao local e trabalharam na limpeza e organização do abrigo para que os animais tenham melhores condições de serem mantidos.