O presidente do Partido Liberal (PL) em Campo Grande, Tenente Portela, é o novo presidente do PL em Mato Grosso do Sul. Ele já foi informado por Jair Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto que ficará no comando.
Na manhã desta quinta-feira, o deputado federal Marcos Pollon foi informado por Valdemar da Costa Neto que ele sairia da presidência, que passaria novamente para Rodolfo Nogueira.
Em seguida, Valdemar ligou para Rodolfo, que recusou o convite, alegando que se dedicará à campanha da esposa, Gianni Nogueira, à Prefeitura de Dourados.
Sem Pollon e Rodolfo, o escolhido foi Tenente Portela, que não tem mandato, mas é amigo pessoal e olhos e ouvidos de Bolsonaro em Mato Grosso do Sul.
No PL, quem é contra a aliança com o PSDB avisa Portela de ser um dos principais articuladores da aliança entre os partidos, com afirmações de que ele teria voltado de Brasília se carona com a caravana tucana após reunião de Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel com Bolsonaro.
Portela nega que tenha participado, mas ontem, quando a reportagem perguntou se assumiria o partido, disse que era “boato, fofoca”.
Portela chegou a assumir a Defesa Civil na gestão de Adriane Lopes (PP) e defendia aliança, mas saiu da gestão a pedido de Bolsonaro. Depois, ao lado de Pollon, lançou Rafael Tavares como pré-candidato.
Dias depois, alegando atender Bolsonaro, retirou a candidatura de Tavares e lançou a dele mesmo, para dias depois também retirar, justificando que caberia a Bolsonaro a decisão final.
Portela não tinha histórico na política e se tornou suplente da senadora Tereza Cristina (PP) por exigência de Bolsonaro, que também exigiu que ele assumisse a presidência do PL na Capital, mesmo sabendo que ele e Pollon não eram grandes amigos. Agora, ele terá a missão de acalmar os ânimos do partido, que já era rachado e ficou ainda mais com o anúncio da parceria com o PSDB.