Os membros da Comissão de Meio Ambiente da ALEMS conheceram equipamentos de satélites usados para o monitoramento dos incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul.
Em uma corrida contra o tempo para auxiliar as equipes de socorro nos incêndios que vêm devastando o Pantanal sul-mato-grossense, membros da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) conheceram as tecnologias de satélites usadas para o monitoramento de incêndios florestais.
Durante a sessão na tarde de ontem (25), o deputado Renato Câmara (MDB) fez um breve relato sobre a atuação do governo estadual.
“Estivemos no Centro de Controle e constatamos a atuação inovadora do Governo de Mato Grosso do Sul, inclusive, auxiliando outros países no monitoramento dos focos de queimadas. Foram apresentadas várias tecnologias e plataformas, possibilitando o monitoramento via satélite, por meio de convênio com a Nasa. Além disso, os bombeiros têm atuado de maneira árdua para mitigar os danos causados pelo fogo”, destacou Câmara, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente.
Os incêndios no Pantanal sul-mato-grossense avançam a passos largos para se tornar o ano mais devastador dos últimos anos, superando todos os índices captados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De 1º de janeiro a 26 de junho deste ano, quase 700 mil hectares foram devastados pelo fogo.
Visitas de ministras no Pantanal de MS
Conforme a programação, está marcada uma reunião entre as ministras Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, para debater o tema e discutir as próximas ações de proteção à maior planície de inundação contínua do planeta.
A comitiva do governo federal que virá para Mato Grosso do Sul contará com a participação dos ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional).
Preocupada com a devastação e o futuro da maior planície alagada do planeta, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou a liberação de R$100 milhões para o Ministério do Meio Ambiente (MMA), recursos que já estão sendo alocados para o Ibama e o ICMBio.
“Estaremos in loco analisando e levantando todo o diagnóstico que nós ainda não temos, apesar de já estarmos com a sala de situação já na segunda reunião”, acrescentou a ministra Simone Tebet no início desta semana na saída do Planalto.
A ministra também destacou que os dois governadores decretaram a proibição do manejo controlado de fogo até o fim do ano.
“A partir de agora, qualquer fogo ateado, ainda que em controle de fogo, é considerado crime”, disse. “Nós estaremos, junto com as forças do Ministério Público, enfim, dos governos do Estado, responsabilizando criminalmente aqueles que atearem fogo, nesta que é a maior planície alagável do mundo.”
Em relação aos créditos extraordinários, Tebet disse que “não vai faltar recursos e orçamentos” para resolver o problema.
“O orçamento vai ser necessário para levar brigadistas, combatentes, aeronaves, água, e tudo mais”, afirmou. “Mas não é a questão orçamentária o problema. O problema é o convencimento dos proprietários rurais, das pessoas que ali estão, de que não é possível colocar fogo no Pantanal até o final do ano”.