A vacinação contra a poliomielite não atingiu o público estimado de imunizar 61 mil crianças em Campo Grande. Na verdade, ficou em torno de 10% do público-alvo. Até a última sexta-feira (14), foram vacinadas aproximadamente 6,4 mil crianças de zero a menores de 5 anos, de acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
O estado de São Paulo também não atingiu a meta e decidiu prorrogar a campanha de vacinação contra a paralisia infantil até fim de junho. Em Mato Grosso do Sul, a decisão fica a critério das prefeituras e Campo Grande não prorrogará a campanha.
No entanto, segundo a Sesau, ela segue como rotina, aplicando-se três doses injetáveis do imunizante no público-alvo, sendo uma dose aos 2 meses, outra aos 4 e a última aos 6 meses de idade, e dois reforços via oral, que são aplicados aos 15 meses e 4 anos de idade.
Para isso, a vacina segue disponível em todas as 74 unidades de saúde da Capital, e permanecerá sendo aplicada conforme a orientação do Ministério da Saúde.
Perigo real
“As pessoas pararam de ver crianças doentes e adultos com sequelas, o que deu a sensação de que a doença não existia mais, mesmo sem a vacinação, o que não é verdadeiro. Somente a vacinação contínua mantém o vírus erradicado”, explicou o gerente de Imunização da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Frederico Jorge Pontes de Moraes, ao Jornal Midiamax.
“É muito importante que todos os pais que ainda não levaram suas crianças para tomar as doses iniciais e de reforço procurem uma unidade de saúde o mais breve possível. Em nosso país, não temos casos de poliomielite desde 1989. Em 1994, o país recebeu a certificação de área livre da circulação do poliovírus selvagem. Nosso objetivo é garantir que esse cenário se mantenha”, ressaltou.
Desde 2016, os índices vacinais do país registram queda, o que fez com que o Brasil entrasse na lista da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) das nações que correm o risco da reintrodução do vírus da pólio.
A paralisia infantil
A poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa causada por um vírus que vive no intestino e que pode infectar adultos e crianças. A transmissão se dá pelo contato direto com as fezes ou secreções eliminadas pelo corpo.
A doença causa paralisia e, nos casos mais graves, atinge os membros inferiores, como paralisia de uma das pernas, pé torto, dores nas articulações e atinge também outros músculos que podem prejudicar a fala e a deglutição.
Com a informação o Midia Max.