Os clubes filiados à FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) querem tirar as decisões de entidade de uma pessoa e dissolver entre os presidentes dos times, informa o presidente do Comercial, Claudio Barbosa, durante assembleia geral dos dirigentes nesta sexta-feira (7).
Segundo ele, a proposta é montar uma junta governativa com cinco presidentes de clubes para que as decisões não fiquem centralizadas em uma única pessoa. Atualmente, por conta da prisão de Francisco Cezário, a CBF nomeou Estevão Petrallas como presidente interino da FFMS.
Claudio é um dos dirigentes que é contra a nomeação e tenta na Justiça Desportiva barrar a nomeação. Nesta sexta, os clubes discutem a nomeação de Petrallas e também mudanças no Estatuto da Federação.
Denúncia no TJD
O Comercial ingressou com denúncia no TJD (Tribunal de Justiça Desportivo de Mato Grosso do Sul) contra a nomeação de Estevão Petrallás como presidente interino da FFMS após a prisão de Francisco Cezário na Operação Cartão Vermelho.
Segundo a denúncia apresentada, Estevão estaria inelegível a partir de 2016 para ocupar tal cargo, nos termos dos artigos 65 da Lei nº 14.597-2023 e 53 do estatuto da FFMS.
O motivo seria “ato de inadimplência em prestação de contas acerca de recursos recebidos de órgão público enquanto presidente de Liga Regional de Futebol em 2016”.
O referido processo teve trânsito em julgado no ano de 2019. Desta forma, o pleito do Comercial é de que o TJD encaminhe a denúncia para a CBF para revogação da nomeação do ex-presidente do Operário.
Operação Cartão Vermelho
Conforme informações do Gaeco, o grupo liderado por Francisco Cezário realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle. De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram identificados desvios que superaram os R$ 6 milhões.
Somente durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos mais de R$ 800 mil, inclusive em notas de dólar. Revólver e munições também foram apreendidos. Cezário é acusado de desviar pelo menos R$ 6 milhões de recursos da federação.
Os valores eram distribuídos entre os integrantes da organização criminosa. O esquema se estendia também a outras empresas que recebiam altas quantias da federação. Assim, parte dos valores era devolvida ‘por fora’ ao grupo.
A organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.
Com a informação o Midia Max.