Fabiano Garcia Sanches, segundo a Polícia Civil, confessou que no meio de uma discussão pegou Amalha com muito força e a jogou no chão; na queda, a mulher bateu a cabeça em um vaso
Uma nova versão sobre a morte Amalha Cristina Mariano Garcia, de 43 anos, foi divulgada pela polícia nesta segunda-feira (27); a corretora teria sido assassinada durante uma discussão com Fabiano Garcia Sanches, de 38 anos, depois de descobrir que ele era casado.
Os detalhes dos últimos minutos de vida de Amalha foram narrados pelo matador confesso às delegadas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Segundo a delegada Analu Ferraz, Fabiano contou que em dezembro do ano passado procurou os serviços de Amalha para conseguir um imóvel para a mãe dele. Os dois visitaram vários apartamentos e em meio a isso, marcaram de se encontraram em um bar. Naquele dia, “ficaram” pela primeira vez.
Como eram “próximos”, Fabiano aproveitou para pedir dinheiro emprestado à corretora, um valor de R$ 700. Ele devolveu o valor logo em seguida e depois disso, perderam o contato.
Recentemente, os dois se encontraram “meio sem querer” e voltaram a conversar. Mais uma vez, Fabiano decidiu pedir dinheiro de novo; cerca de R$ 900.
Os dois marcaram de conversar sobre isso, primeiro Amalha pediu para ir ao trabalho de Fabiano, ele negou e os dois combinaram se encontrar na casa do suspeito. No dia em que a mulher morreu, ela foi até o endereço no Jardim Centenário. Lá descobriu que o homem era casado, conforme a versão dele.
“Segundo as informações do Fabiano, eles discutiram por conta de que ela descobriu que ele era casado e que tinha filho e ele falando que chamou a Amalha lá não para discutir questão de relacionamento, mas pegar o dinheiro que ela ia emprestar”.
Analu Ferraz
Fabiano confessou que no meio da discussão pegou Amalha com muito força e a jogou no chão. Na queda, a mulher bateu a cabeça com violência em um vaso de concreto. A vítima desmaiou imediatamente. Desesperado, narrou o suspeito à polícia, colocou o corpo no porta-malas do veículo de Amalha, dirigiu sem rumo até parar no porto seco de Campo Grande, onde o corpo da corretora foi encontrado.
Para a Polícia Civil, Fabiano negou a história da tentativa do golpe do falso seguro, narrada pela Polícia Militar na sexta-feira (25).
Segunda prisão
As investigações da Deam ainda resultaram na prisão de um segundo envolvido no crime; um homem de 36 anos que tentava vender o carro de Amalha, um Jeep Renegade.
“Pedi a prisão temporária porque ele estava negociando o veículo e eu precisava entender qual era a participação dele na morte de Amalha”.
Analu Ferraz
O suspeito foi preso nesta segunda-feira (27). Durante as investigações, outros dois homens e duas mulheres também foram levados para a delegacia como suspeitos de envolvimento no crime, mas depois dos depoimentos foram liberados.