Agentes comunitários de saúde de Campo Grande reclamam de atraso de dois meses no pagamento de um auxílio financeiro que é bancado pela administração estadual. Eles alegam que os repasses referentes a janeiro e fevereiro não saíram e não existe previsão de data para isso. O atraso afeta a vida de cerca de ois mil agentes comunitários na capital.
O incentivo funciona através de metas alcançadas, que seria atender todas as pessoas hipertensas, diabéticas, com hanseníase, mulheres gestantes, puérperas e crianças menores de um ano.
Caso consigam atingir a meta, o governo deve pagar R$ 660,00. Porém, se não alcançarem este objetivo, o incentivo ainda sim deve ser pago, mas 73% a menos, cerca de R$ 180,00. Além disso, eles tem a remuneração base, da ordem R$ 3.750,00.
Segundo Marcos Messias, agente comunitário, a revolta é coletiva. “A gente trabalha, cumpre as metas que eles pedem e quando chega na hora de pagar ele faz isso. A gente tá no final de março e eles não nos pagaram o mês de janeiro.”, relatou ao Correio do Estado.
Marcos ainda comenta que tentou falar com o Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), mas afirmou que não adianta contar com eles, já que não tomam nenhuma providência sobre a situação.
Ao entrar em contato com a Secretaria da Fazenda (Sefaz), Marcos ouviu que o atraso deve continuar, já que não vão realizar o pagamento destas metas essa semana. Geralmente, os pagamentos do salário, juntamente com o incentivo, ocorrem até dia 20 todo mês.
O Correio do Estado procurou a assessoria da Sefaz, que informou que a responsabilidade da Secretaria de Saúde. A assessoria de saúde, por sua vez, ficou de dar um retorno sobre uma possível dada para regularização, mas até a publicação da reportagem não havia dado retorno.
Com a informação o Correio do Estado.