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Percival Lelo Gomes

Brasil: Mais de meio século entre os cinco do AI-5 e os cinco da A.I

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O AI-5 fechou o Congresso Nacional, dando plenos poderes ao presidente ditador e inaugurou uma série de Atos Institucionais que encastelaram cada vez mais o governo.
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Em 1968, por conta da crise que o governo militar, sob o comando do General Artur da Costa e Silva vivia, foi decretado no Brasil o Ato Institucional número 5, mais conhecido como AI-5. Essa atitude tomada pelos militares da época, foi o marco inicial dos anos mais sombrios do regime ditatorial no Brasil. O nosso país entrou então em um estado de exceção. Foram dissolvidas as instituições democráticas, os direitos individuais e houve também a separação e, por consequência direta, foi extinta a independência dos Poderes.

O resultado disso tudo já é conhecido por muitos e foi vivido, literalmente na pele, por milhares de brasileiros que foram presos, torturados e exilados. Este Decreto, só foi revogado 10 anos depois, durante o governo de Ernesto Geisel, através da Emenda Constitucional n.º 11, de 13 de outubro de 1978, que entrou em vigor a partir de 1.º de janeiro de 1979 e deu início assim, ao processo de abertura política conduzida durante esse Governo. Realmente, é fato que a economia do Brasil cresceu muito no início do governo militar. A taxa média de crescimento naquela época girava em torno de 10% ao ano. Mas, esse tal “milagre” econômico foi, na verdade uma verdadeira enganação, pois, ele não foi algo feito sobre pilares fortes, mas sim em cima de estacas fincadas no brejo, porque o dinheiro para isso foi conseguido através de empréstimos feitos pelo governo em instituições internacionais. 

Essas medidas só deixaram para o Brasil, uma herança maldita para economia que aumentou ainda mais o endividamento do setor público e a desigualdade social. E uma das justificativas do governo militar para tal situação, foi que esse desgaste e essa desordem econômica toda, foram herdados do governo anterior de João Goulart. O mesmo blá-blá-blá e a mesma narrativa de sempre! 

Esses fatos fatídicos, e eu diria até vergonhosos, acontecidos em nosso país me levam a pensar que realmente está difícil da gente ver, na história do Brasil, algum governo que verdadeiramente se preocupou com o bem-estar da população. Os que vieram após o término do período militar, a partir de 1984, também foram uma sucessão de erros, seguidos de más intenções e falcatruas. Tiveram sim alguns pontos positivos, que nem vale serem exaltados aqui, pois estavam fazendo simplesmente a obrigação para a qual foram pagos! Podemos aqui até concordar com aquelas palavras de Paulo Freire que disse: “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor.” 

Atualizando esse cenário, e explicando o porquê do título deste artigo, quero citar aqui uma frase muita usada pelos norte-americanos: “game-changers”. Ou seja, que “mudam o jogo”. Enquanto o AI-5 mudou o jogo, e o cenário do Brasil, colocando em prática 5 tópicos que foram a busca pelo autoritarismo, uma leitura errada da verdadeira forma de governar, da escrita torta mesmo tendo à disposição uma linha reta, da análise errada do cenário como um todo e por último, a apresentação de resultados totalmente pífios e negativos, na sua maioria, para o bem-estar de um país, a I.A. por sua vez, busca a otimização do tempo, a leitura simplificada de temas complexos, a escrita organizada de comandos, visando atender as necessidades dos usuários, principalmente aqueles dotados de alguma deficiência, fazendo uma análise desses processos continuamente, buscando alcançar e levar até nós, uma apresentação positiva e eficiente daquilo que seus desenvolvedores querem para a humanidade. Se a proposta da I.A é, e será,benéfica ou não, se é, e será, salutar ou não, fica a critério de cada um. Já sobre o AI-5, a história já nos mostrou quais foram os resultados.