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Incêndio atinge Serra do Amolar e autoridades tentam controlar o fogo na região

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Foto: Arquivo/Correio do Estado
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Incêndio florestal consome a vegetação e morrarias da Serra do Amolar desde sábado (27), mas, o fogo ganhou maiores proporções somente nesta segunda-feira (29). Em três dias, mil hectares foram queimados na região.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outras brigadas voluntárias tentam controlar o fogo no local.

De acordo com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), o incêndio começou após um pequeno proprietário rural da região ter ateado fogo na tentativa de limpar um baceiro que estava no acesso de sua propriedade.

O IHP constatou o início do fogo através de sua central de monitoramento de câmeras instaladas na Serra do Amolar.

O fogo se alastra em pleno verão, estação geralmente chuvosa com alto índice pluviométrico. Porém, vale ressaltar que o acumulado de chuva está abaixo da média para o período.

O segundo semestre é a época do ano em que há maior risco de incêndios na região da Serra do Amolar.

De acordo com pesquisadores Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ), o período mais crítico de incêndios começa em setembro na região pantaneira.

A temporada é propícia para queimadas por conta do tempo seco, baixa umidade relativa do ar e escassez de chuva.

As queimadas transformam cenários verdes e cheios de vida em cinzas e mortes. O fogo destrói matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas do Pantanal.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, calor excessivo, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

Foto: divulgação/IHP

PREVENÇÃO

As formas de evitar a propagação de incêndios florestais no Pantanal são:

  • Implementar aceiros – faixas desprovidas de vegetação que servem para barrar o fogo e impedir que ele continue seu rumo
  • Manter terrenos limpos e capinados
  • Evitar jogar pontas de cigarro acesas na vegetação à beira de rodovias
  • Realizar queimadas na época correta, frequência correta e locais corretos, chamadas popularmente de queimadas preventivas ou controladas
  • Chuva
  • Evitar o uso de fogo em julho, agosto e setembro, meses do inverno, pois as condições climáticas são desfavoráveis para a época

CRIME

Incendiar espaços públicos e áreas preservadas é crime. 

De acordo com o Artigo 250 do decreto lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940 do Código Penal Brasileiro, causar incêndio que cause perigo à vida ou ao patrimônio público é crime, com pena de três a seis anos de reclusão e multa. A detenção diminui para seis meses a dois anos caso o incêndio for culposo.

Os números para denúncia são:

  • 156 – Semadur (Prefeitura de Campo Grande)
  • 193 – Corpo de Bombeiros
  • 0800 061 8080 – Ibama

SERRA DO AMOLAR

Serra do Amolar está localizada nas imediações de Corumbá, próximo a divisa com a Bolívia e o estado de Mato Grosso. Encontra-se na região Noroeste de Mato Grosso do Sul. Está situada a 700 quilômetros de Campo Grande.

É uma formação rochosa (morros) entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS).

São 80 quilômetros de serras e morros que chegam a mil metros de altitude, distribuídos em 300 mil hectares entre os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A única maneira de chegar até o local é por meio de barco (Rio Paraguai) ou avião.

É classificada, pelo Ministério do Meio Ambiente, como uma área de conservação de biodiversidade de prioridade extremamente alta.

A Unesco denomina essa região como Reserva da Biosfera Mundial e desde 2000 considera o Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (Parque Nacional, RPPN Acurizal, RPPN Penha, RPPN Dorochê e RPPN Rumo ao Oeste) como Patrimônio Natural da Humanidade.

Abriga diversas espécies, como a onça-pintada, ariranha, antas, tamanduás-bandeiras.

Com a informação o Correio do Estado.