A equipe de defesa de Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim, mãe e padrasto acusados como responsáveis pela morte da menina Sophia de 1 ano e 8 meses, entrou com recurso para que eles não sejam pronunciados na 2ª Vara do Tribunal do Júri. A medida, que está dentro do previsto das estratégias de defesa, forçou o adiamento do julgamento, que estava agendado para ocorrer de 12 a 14 de março.
Conforme explicou a assistente de acusação do caso, a advogada Janice Andrade, o juiz Aluízio Pereira dos Santos deu a sentença de pronúncia no Júri Popular após ouvir as testemunhas, em setembro de 2023. Com isso, é de praxe a defesa ter um prazo para apresentar recurso, que foi feito cumprido e agora tramita.
“Esse recurso, de uma folha, irá para o Tribunal, que vai intimar as defesas para que apresentem as fundamentações para e será marcado um julgamento disso. Foi desmarcado o Júri porque não tem tempo hábil para julgar esse recurso, apresentaram as razões. O Ministério Público vai ser intimado também para apresentar as contrarrazões”, esclarece a advogada.
Mesmo com a mudança da data, a assistente de acusação acredita que Stephanie e Christian vão ter que enfrentar o Júri Popular de qualquer forma. “Independentemente dos recursos, a decisão de pronúncia não vai mudar porque as provas são robustas de autoria e materialidade do crime e crime doloso, contra a vida, que vai para Júri Popular”.
Janice conclui dizendo que a defesa “tem 5 dias para apresentar as razões e vamos ver o que vão falar, mas não tenho muitas expectativas, pois as peças apresentadas até agora foram muito sucintas”.
Instrução
Foram realizadas duas audiências de instrução, uma em novembro, quando mãe e padrasto de Sophia permaneceram em silêncio e outra em dezembro quando Stephanie quebrou o silêncio e acusou o companheiro. Christian Campoçano, também comentou pela primeira vez sobre a morte da enteada nesta audiência. Ele negou as acusações e afirmou que a mulher o acusou para se esquivar.
Com a informação O Estado.