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Com ameaça de retorno de doenças, Capital inicia mutirão de vacinação

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GERSON OLIVEIRA
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Entre os imunizantes está a vacina contra a Covid-19, da qual apenas 30% das pessoas tomaram a bivalente

Com a queda na vacinação contra diversas doenças, Campo Grande receberá uma campanha de multivacinação que começará amanhã e se estenderá até o dia 23. Profissionais da saúde alertam para a importância de manter o calendário vacinal atualizado, tanto das crianças quanto dos adultos, principalmente pela chegada de uma nova subvariante da variante Ômicron da Covid-19 e pela baixa procura pela vacina bivalente contra a doença na Capital. 

O médico infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda aponta que mutirões de vacinação são extremamente importantes, principalmente porque o Estado tem baixa cobertura vacinal. 

A queda na imunização foi vista em todo o País, mas em alguns estados e capitais brasileiras a recuperação da cobertura vacinal já começou, o que ainda não foi visto em MS. 

No caso da vacina contra a Covid-19, por exemplo, apenas 30% da população apta tomou a dose bivalente, vacina atualizada contra variantes da doença.

Croda comenta que a vacina bivalente imuniza contra a variante Ômicron, por isso, deve ser tomada. 
“A Ômicron e suas subvariantes são as que estão circulando nesse momento. Então, de alguma forma, a vacina bivalente, que contém essas duas cepas, a original e a Ômicron, garante mais proteção contra a variante que está circulando. Eventualmente, no futuro nós teremos vacinas atualizadas contra variantes que estiverem circulando”, explica o pesquisador. 

Croda aponta ainda que a Covid-19 é como a gripe e precisa ter um reforço anual na imunização, além disso, há uma subnotificação de casos da doença, em razão, principalmente, de três fatores relacionados à testagem. 

“Primeiro, o serviço público parou de testar. Segundo, as pessoas pararam de procurar o serviço público para se testar, principalmente com esses sintomas gripais leves, então, realmente, esses casos leves não estão sendo testados e notificados. O terceiro ponto são os autotestes, que também não são informados ao poder público, então a gente não sabe o real número de casos”, alerta o infectologista. 

Hoje a vacina bivalente contra a Covid-19 pode ser encontrada em 51 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), em horário comercial, no Quartel Central do Corpo de Bombeiros e na Clínica Escola da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Caso haja alguma dúvida, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) pede que as pessoas entrem em contato com a unidade mais próxima à sua residência.

COQUELUCHE

A baixa cobertura também pode trazer o retorno de doenças que estão erradicadas há algum tempo, é o que aponta a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, que mostra preocupação principalmente com a coqueluche – não há casos notificados na Capital desde 2021 –, que registra queda notória na vacinação. 

“É uma doença grave, principalmente em bebês e crianças abaixo de 2 anos. Ela atinge o trato respiratório, então, a pessoa tem uma tosse seca, pode apresentar febre e o contágio é feito pelo contato com a secreção do doente”, alerta a superintendente. 

A Bolívia, país que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, está vivendo um surto de coqueluche, doença que pode ser evitada com vacinação. Em 2022, o índice de cobertura vacinal contra a coqueluche ficou em 79% na Capital, abaixo do que é preconizado pelo Ministério da Saúde, 95%. Neste ano, a cobertura vacinal contra a doença está em 35%.

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