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Allyson Leguizamon

O rombo da gestão Ayache

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Ricardo Ayache comanda a Cassems desde 2010, foi reeleito como presidente da entidade de saúde para o quadriênio 2023-2027.
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Deputados Estaduais pediram aporte financeiro de R$ 60 milhões para o Governador; Dívida está na casa dos R$ 150 milhões

Passou por votação, em primeira discussão, nesta terça-feira (29) o Projeto de Lei 245/2023, do Poder Executivo. A proposta autoriza a concessão de subvenções à Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul), no valor de R$ 60 milhões.

Sob debates dos deputados, o presidente da Casa de Leis, Gerson Claro (PP), esclareceu que no ato a votação é sobre a constitucionalidade da proposta. Ainda mais, defendeu a cobrança na prestação de contas por parte da Cassems, o que é alvo de reclamação de outros parlamentares.

Um dos parlamentares que questionam o déficit da Cassems, Rafael Tavares (PRTB), públicou em sua rede social o real valor da dívida da gestão Ayache. Além disso o parlamentar questionou Ricardo Ayache sobre a sua fala durante as eleições para a presidência da Cassems onde o mesmo afirmou que havia um superávit de R$ 80 milhões. Veja na integra.

Em vídeo divulgado pelo parlamentar, também é possível ver a fala do Deputado Estadual Pedro Kemp (PT) que afirma que a real divida da Cassems é de R$ 150 milhões de reais.

ROMBO NA CASSEMS

A justificativa de que Ayche sustentou que a entidade tentará de corrigir um investimento de quase R$ 300 milhões que realizou no combate a pandemias de Covid-19.  

“Nosso balanço é auditado e os números são transparentes e publicados em Diário Oficial. Temos um passivo de R$ 150 milhões, que corresponde a 15% do patrimônio total. Temos em caixa R$ 90 milhões, portanto, temos um desequilíbrio de R$ 60 milhões, consequência dos investimentos realizados no combate à pandemia, que foram em torno de R$ 290 milhões. Temos resultados de trabalho, de investimentos e de estruturas. Enfrentamos os desafios da saúde de qualquer gestor, tanto público quanto privado. Temos hoje uma grande capacidade de avançar dentro doo nosso sistema de saúde, buscando, claro, o equilíbrio financeiro”, declarou Ayache em reunião com os Deputados Estaduais.

(3.ago.23) – Presidente da ALEMS, Gerson Claro escuta esclarecimentos do presidente da Cassems, Ricardo Ayache. Foto: Luciana Nassar | Wagner Guimarães

COMO VOTARAM

Com 16 votos favoráveis e 6 contrários, a alms (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) aprovou nesta terça-feira, 29, em primeira discussão, o Projeto de Lei 245/2023, do Poder Executivo. A proposta autoriza repasse de R$ 60 milhões à Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul).

Conforme o projeto, os R$ 60 milhões serão divididos em duas vezes, em 2023 e 2024, mas os valores, dia e mês do repasse não constam no proposta apresentada pelo Governo do Estado.

O QUE MUDOU

Apesar de estar próximo de recebe o “resgate” do Governo do Estado de R$ 60 milhões, a Cassems prometeu reduzir o valor de reajuste em apenas R$ 10 reais para servidores do Estado e dependentes.

Os servidores querem anular medidas que encareceram a mensalidade, como a contribuição fixa de R$ 45, limitada a R$ 180 por família, sobre tratamentos odontológicos e de outras terapias em que seja necessário o uso de materiais de OPME (Órtese, Prótese e Materiais Especiais).

Na prática, a medida adotada pela gestão Ayache ira diminuir R$ 10 reais dos R$ 45 reais fixos, mesmo após receber duas parcelas de R$ 30 milhões de reais em 2023 e 2024.

Servidores se concentram para pedir anulação das mudanças (Nathalia Alcântara, Midiamax)