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China detém maior parte dos produtos do agronegócio de Mato Grosso do Sul

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De janeiro a julho deste ano, o país asiático comprou o equivalente a US$ 2,57 bilhões

A China é um dos maiores parceiros comerciais de Mato Grosso do Sul e que proporciona maior rentabilidade para o Estado. Prova disso é que de janeiro a julho deste ano, foi exportado 43,16% dos produtos do agronegócio para o país asiático, o que equivale a US$ 2,57 bilhões, segundo dados do boletim Casa Rural – Pecuária, divulgado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). O montante é 18,34% maior em relação aos R$ 2,17 bilhões comprados no período de janeiro a julho de 2022.

Ao todo, Mato Grosso do Sul já exportou US$ 5,97 bilhões, valor 26,05% maior que o mesmo período de 2022, em que foram contabilizados US$ 4,73 bilhões. Além da China, que assume a primeira posição, com 43,16%; a segunda posição foi ocupada pela Argentina, com 11,55% da receita com exportações do agronegócio sul-mato-grossense e valor de US$ 689,9 milhões, comprou 294,90% a mais que em igual período de 2022.

Os Estados Unidos, na terceira posição, comprou o equivalente a US$ 224,0 milhões, aumentaram 7,36% quando comparado ao valor de janeiro a julho de 2022 e respondeu por 3,75% da receita com exportações do agronegócio.

Segundo o auxiliar técnico do Senar/MS, José Paulo Santos Nogueira, a grande demanda da China por alimentos aumenta a necessidade de importação.

“Por outro lado, a China, país asiático, é também um dos maiores produtores de soja, proteína animal e outros grãos do mundo. No entanto, como é um país muito populoso e tem uma alta demanda por alimentos, a necessidade de importar alimentos é grande e o mercado externo é uma importante fonte destes produtos”, disse.

Ele ainda completa, dizendo que “a exportação pelo nosso Estado garante a produção em larga escala, garantindo preços menores para o Brasil e se torna competitivo com outros países exportadores. Para a China, esta importação garante a produção de alimentos, fundamentais para a segurança alimentar dos chineses, dessa forma ambos os lados são beneficiados pelo comércio bilateral”.

Segundo dados disponibilizados pela Aprosoja MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso do Sul), a China é responsável por 70% do volume exportado pelo país. A relação é bilateral, ou seja, assim como o Brasil tem disponibilizado produtos ao país parceiro e supre uma demanda, a China também é beneficiada, uma vez que o Brasil importa muitos produtos, como por exemplo, os eletrônicos. 

A associação informa ainda que o que se pode esperar é um cenário “mais que otimista para o mercado internacional”, já que o país apresenta uma demanda quase que igualitária a sua capacidade de oferta e isso destaca o quanto o país tem uma capacidade produtiva elevada.

Para a safra 2023/2024, são esperados patamares melhores que os da safra 2022/2023, pois quase 70% já está comercializada e a expectativa é tão positiva que quase 15% da safra, que deve ter início de plantio em setembro de 2023, já foi comercializada.

Parceria 

O economista do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Staney Barbosa Melo, destaca a parceria da China com o Brasil.

“Nos últimos anos, Brasil e China tem aproximado muito suas economias e se tonaram grandes aliados comerciais. O fenômeno do crescimento chinês foi visto com bons olhos por nossos governantes e já ofereceu grandes oportunidades ao agronegócio. Assim como o Brasil, Mato Grosso do Sul também vê na China um importante parceiro comercial”, destacou.

Ainda segundo Staney, no mundo existem aproximadamente 130 países que têm a China como principal parceiro comercial, com muitos deles tendo sua economia profundamente dependente das importações chinesas.

Produtos 

Ainda conforme a pesquisa, nos sete meses de 2023, a China se mantém no primeiro lugar de destino da carne bovina in natura sul-mato-grossense, com 27,30% do faturamento e o equivalente a 27,4 mil toneladas. O Chile, na segunda posição no faturamento, comprou 19,7 mil toneladas nos sete meses de 2023, aumentou 14,23% em relação ao igual período de 2022. Os Estados Unidos, na 3ª posição, com 18,19% da receita e aquisição de 21,5 mil toneladas. Apresentaram alta de 29,9% em relação ao mesmo período de 2022.

A China também foi responsável por 21,35% da receita de MS com as exportações de carne de frango e comprou 17,2 mil toneladas. O volume embarcado para os chineses aumentou 25,51%, em relação ao igual período de 2022. 

O Japão ocupa a segunda posição, com 19,42% da receita e volume de 16,4 mil toneladas, apresentando queda de 2,98% no volume comprado, quando comparado aos sete meses de 2022. Os Emirados Árabes ocuparam a terceira posição, com 7,56% de participação no total e o equivalente a 7,57 mil toneladas.

Mato Grosso do Sul respondeu por 3,78% da receita brasileira com exportações (US$ 5,81 bilhões) de carne de frango e ocupou o sétimo lugar no ranking nacional.

O boletim Casa Rural – Agricultura, mostra que a China foi o principal destino das exportações de soja em grãos de Mato Grosso do Sul, entre janeiro e julho de 2023, respondendo por mais de US$ 1,83 bilhão, representado por 68,20% do total. O segundo lugar no ranking de exportações de soja em grãos de MS foi a Argentina, com 23,83% da receita total e o equivalente a US$ 657 milhões.

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