Após ser filiada ao Progressistas de Tereza Cristina, a atual prefeita da Capital já tem iniciado flerte com políticos de direita do Estado e tudo indica que essa história deva caminhar para um casamento nas eleições de 2024
A prefeita Adriane Lopes (PP) recebeu nesta segunda feira (14) o Deputado Estadual Rafael Tavares (PRTB) e o Deputado Federal Marcos Pollon (PL). O encontro que teve como intuito levar emendas e empresários da construção dos parlamentares, também é vista como uma sinalização para a construção de uma candidatura unificada na direita da Capital. Um dos principais fatores que tem sido divisor de águas nesta aliança entre a direita de Campo Grande, tem sido a ida de Adriane Lopes para o Partido Progressista e a sua aproximação de Tereza Cristina.
A ex-ministra do ex-presidente Bolsonaro, teve o aval do mesmo, para construir as candidaturas da direita no Mato Grosso do Sul junto com o Deputado Federal Rodolfo Nogueira. A dupla que representa Bolsonaro no estado tem entrado em consenso e já estariam trabalhando para uma aliança sólida entre o PL e o PP.
Dentre as alianças definidas pelos partidos foi decidido a missão de reeleger Adriane Lopes e Alan Guedes, ambos do PP.
Após essa aliança o Deputado Federal mais votado, Marcos Pollon (PL), que chegou a ser cotado como um possível pré-candidato a prefeitura, teria recuado para apoiar esse projeto de chapa unificada da direita em Campo Grande.
Outro parlamentar que já tem sinalizado apoiar Adriane Lopes é Rafael Tavares (PRTB). O Deputado Estadual tem uma ótima relação com Lídio Lopes, esposo de Adriane, e juntos veem construindo uma base conservadora sólida na Assembleia Legislativa juntos ao parlamentar João Henrique Catan (PL).
É notória que a direita caminha junto para a construção de uma chapa forte o suficiente para derrotar o PSDB nas eleições municipais, e a reeleição de Adriane Lopes é fundamental para isso.
Um dos principais motivos que tem feito a direita do estado amargar derrotas nos pleitos executivos, tem sido o rompimento da direita no período eleitoral. Desde 2018, os conservadores e liberais do Mato Grosso do Sul não tem conseguido encontrar um denominador comum e um nome para representa-los nas eleições. Em 2018, o PSL, que era o partido da Direita do Estado apoiou a reeleição de Reinaldo Azambuja (PSDB). Já em 2020, a briga interna do partido entre Capitão Contar, Tio Trutis e Vinícius Siqueira escancarou o racha dos parlamentares de direita, o que resultou na derrota da direita para Marcos Trad (PSD).
Já na última eleição, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), teve sua chance de tentar quebrar o ciclo e conquistar a primeira vitória dos partidos de direita na eleição para governador do Estado. Porém o seu péssimo desempenho nos debates foi o motivo de sua queda e derrota para o outro tucano Eduardo Riedel (PSDB).
Visando isso a direita não pretende errar novamente, e sobre o comando de Tereza Cristina, os partidos conservadores e liberais tendem consolidar uma base forte e competitiva entorno do nome de Adriane Lopes.