Dono do lava jato foi assassinado e tiros e motociclista que ia para o trabalho morreu vítima de bala perdida
Nayara Aparecida Garcia da Silva, ex-mulher de Joe Magnun, acusado de matar a tiros o dono de um lava jato e um trabalhador que passava pelo local, na Avenida das Bandeiras em maio de 2022, foi absolvida de participação no crime, enquanto ele irá a júri popular pelo duplo homicídio.
A decisão é do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, em sentença de pronúncia.
O crime aconteceu no dia 27 de maio, por volta das 6h30. Joe Magnum foi até o local, efetuou disparos contra Luiz Alberto da Conceição Tierre, dono do lava jato. Vítima tentou fugir correndo para a rua, mas foi perseguido por Joe, que continuou atirando.
Uma bala perdida atingiu e matou o motociclista Adriano Medeiros Pereira, 33 anos, que passava pelo local a caminho do trabalho.
Conforme a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, porque Joe não aceitava o suposto relacionamento que havia entre Luiz e Nayara, sua ex-esposa. Além disso, há a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o atirador aproximou-se pelas costas da vítima e efetuou os disparos.
Após o crime, o assassino fugiu e, num primeiro momento, Nayara disse à polícia que não conhecia o suspeito.No entanto, investigações apontaram que o atirador era o ex-marido dela, com quem teve um relacionamento por 9 anos.
No inquérito da Polícia Civil, ela foi apontada como cúmplice, pois teria instigado o ex a cometer o crime, dizendo que estaria sendo ameaçada pelo dono do lava jato. Ela foi denunciada por homicídio qualificado
Enquanto Joe planejou o crime motivado por ciúmes, o objetivo de Natália, segundo a polícia, era furtar R$ 60 mil que a vítima havia recebido da venda de uma casa. Ainda segundo o inquérito, ela teria deixado o filho encarregado de retirar a arma do local do crime.
Nayara foi denunciada por homicídio qualificado, roubo e corrupção de menor de 18 anos e, durante toda a fase de instrução do processo, ela manteve a versão de que não teve participação no crime.
O suspeito, que foi preso no dia preso no dia 28 de junho do ano passado, escondido em uma chácara de familiares da ex-mulher, confessou o crime, mas afirmou não ter sido premeditado e alegou que o cometeu porque estaria sendo ameaçado pela vítima. Ele negou que teve ajuda da ex.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul pugnou pela absolvição de Nayara e pela pronúncia de Joe Magnum.
O juiz considerou, na decisão, que não foram colhidas provas que apontem a participação de Nayara no crime e decidiu pela absolvição sumária.
Já quanto a Joe, o magistrado afirma que foram comprovadas a materialidade e autoria do crime e decidiu levá-lo a júri popular pelos crimes de duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A data do júri ainda não definida.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.