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Pivô de duplo homicídio em lava jato é absolvida e assassino vai a júri

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Dono de lava jato foi assassinado a tiros e trabalhador que passava pelo local foi morto por bala perdida - Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado
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Dono do lava jato foi assassinado e tiros e motociclista que ia para o trabalho morreu vítima de bala perdida

Nayara Aparecida Garcia da Silva, ex-mulher de Joe Magnun, acusado de matar a tiros o dono de um lava jato e um trabalhador que passava pelo local, na Avenida das Bandeiras em maio de 2022, foi absolvida de participação no crime, enquanto ele irá a júri popular pelo duplo homicídio.

A decisão é do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, em sentença de pronúncia.

crime aconteceu no dia 27 de maio, por volta das 6h30. Joe Magnum foi até o local, efetuou disparos contra Luiz Alberto da Conceição Tierre, dono do lava jato. Vítima tentou fugir correndo para a rua, mas foi perseguido por Joe, que continuou atirando.

Uma bala perdida atingiu e matou o motociclista Adriano Medeiros Pereira, 33 anos, que passava pelo local a caminho do trabalho.

Conforme a denúncia, o crime foi cometido por motivo torpe, porque Joe não aceitava o suposto relacionamento que havia entre Luiz e Nayara, sua ex-esposa. Além disso, há a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o atirador aproximou-se pelas costas da vítima e efetuou os disparos.

Após o crime, o assassino fugiu e, num primeiro momento, Nayara disse à polícia que não conhecia o suspeito.No entanto, investigações apontaram que o atirador era o ex-marido dela, com quem teve um relacionamento por 9 anos.

No inquérito da Polícia Civil, ela foi apontada como cúmplice, pois teria instigado o ex a cometer o crime, dizendo que estaria sendo ameaçada pelo dono do lava jato. Ela foi denunciada por homicídio qualificado

Enquanto Joe planejou o crime motivado por ciúmes, o objetivo de Natália, segundo a polícia, era furtar R$ 60 mil que a vítima havia recebido da venda de uma casa. Ainda segundo o inquérito, ela teria deixado o filho encarregado de retirar a arma do local do crime.

Nayara foi denunciada por homicídio qualificado, roubo e corrupção de menor de 18 anos e, durante toda a fase de instrução do processo, ela manteve a versão de que não teve participação no crime.

O suspeito, que foi preso no dia preso no dia 28 de junho do ano passado, escondido em uma chácara de familiares da ex-mulher, confessou o crime, mas afirmou não ter sido premeditado e alegou que o cometeu porque estaria sendo ameaçado pela vítima. Ele negou que teve ajuda da ex.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul pugnou pela absolvição de Nayara e pela pronúncia de Joe Magnum.

O juiz considerou, na decisão, que não foram colhidas provas que apontem a participação de Nayara no crime e decidiu pela absolvição sumária.

Já quanto a Joe, o magistrado afirma que foram comprovadas a materialidade e autoria do crime e decidiu levá-lo a júri popular pelos crimes de duplo homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A data do júri ainda não definida.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.