a

Campo Grande Post

Search

Mesmo com retração, não deve faltar milho para o mercado interno em MS

Picture of Informativo

Informativo

(Arquivo)
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Apesar do atraso causado pelas chuvas intensas, a estimativa é de que a produção chegue a 11,2 milhões de toneladas

Mesmo com o atraso que as chuvas causaram na colheita da soja e no plantio do milho, não deve faltar milho, principalmente para a produção industrializada a partir do grão, como o etanol.

Conforme o último boletim do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), a estimativa é de que a safra seja 5,39% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo uma área de 2,325 milhões de hectares. 

A expectativa ainda é de que a produção seja de 11,206 milhões de toneladas, o que significa uma retração de 12,28% na comparação com o ciclo anterior. 

O boletim também aponta que a produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, média que está dentro do potencial produtivo das últimas cinco safras do Estado. 

Ainda assim, conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, o Estado ainda tem perspectiva de aumentar o nível de processamento do milho. 

“Uma estratégia que colocamos para o milho no Estado é que a gente consiga aumentar o nível de processamento em Mato Grosso do Sul. Nos últimos anos, temos trabalhado fortemente para isso, com a expansão da avicultura, suinocultura e também na produção do etanol”. 

“Passamos vários anos buscando atrair a indústria de etanol de milho e hoje temos a Inpasa, em Dourados. Até o fim do ano teremos a Neomille, em Maracaju. As duas indústrias vão absorver de uma safra média de 10 milhões de toneladas – 30% da produção de Mato Grosso do Sul”, comentou. 

O secretário ainda frisa que os preços praticados no mercado interno na comercialização do cereal deve subir com a agroindustrialização. Atualmente, conforme a Granos Corretora, a saca com 60 kg em Mato Grosso do Sul é comercializada entre R$ 65 e R$ 69.

“A realidade de preços do milho em Mato Grosso ficou totalmente alterada após a chegada da indústria de etanol. Assim vai acontecer em Mato Grosso do Sul também”.

ATRASO

As chuvas que afetaram a colheita da soja no início do ano são motivo de preocupação, pois o produtor de milho deve enfrentar ainda outros empecilhos climáticos, como estiagem, geada e queda de granizo. Com isso, a operação de semeadura está lenta em todas as regiões do Estado. 

Em entrevista ao Correio do Estado, o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), André Dobashi, comentou que a preocupação é de uma safra com baixo rendimento. 

“A safra do milho já é motivo para apreensão. Por ela ter sido plantada agora no fim de março, ela já vai ter uma produtividade mais baixa”, comentou. 

Na época, a coordenadora de Economia da Aprosoja-MS, Renata Farias, também ressaltou que o atraso no plantio já é motivo de apreensão. “O plantio do milho agora nesse período já é considerado de médio risco”, opinou. 

ETANOL

Dados da Biosul, até o momento, apontam que o etanol de milho representa 20% da produção do Estado. Foram produzidos 3,2 bilhões de litros de etanol, dos quais 646 milhões de litros de etanol de milho. 

Conforme reportagem do Correio do Estado, o diretor da Biosul, Érico Paredes, reforçou que a produção do etanol de milho é uma atividade de alto investimento no Estado. 

“Trata-se de uma atividade de alto investimento, alinhada nos quesitos de sustentabilidade, que contribui na movimentação de outros elos da cadeia produtiva”, reforçou. 

Conteúdo retirado do Correio do Estado.

Siga nossas Redes Sociais