Começa nesta segunda-feira (3) a vacinação contra a gripe em Campo Grande, em todas as UBS (Unidade Básica de Saúde) e USF (Unidade de Saúde da Família) da Capital. A campanha de vacinação será lançada oficialmente na USF (Unidade de Saúde da Família) Jardim Paradiso, às 8h30.
A aplicação acontecerá em todos os públicos-alvo da campanha ao mesmo tempo. Ao todo, quase 200 mil pessoas fazem parte dos 18 grupos que são prioridade na hora de se imunizar. Diferente do que aconteceu em anos anteriores, onde a campanha acontecia por etapas, todos estes públicos poderão buscar as unidades de saúde já a partir de segunda-feira.
De acordo com a superintendente de vigilância em saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Veruska Lahdo, a aplicação em todos os públicos-alvo tem o objetivo de tentar aumentar a cobertura “já que muitas vezes a gestante, por exemplo, levava o pai ou mãe já idosos para se vacinar e tinha com ela uma criança com até cinco anos, mas a aplicação da dose não estava disponível nem para ela nem para a criança, então elas acabavam não retornando para a unidade”.
Na última campanha a cobertura foi muito abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de pelo menos 90% para cada um dos públicos. Em 2022 apenas 43,4% de todo o público-alvo buscou pela vacinação.
“Diferente do que muitos imaginam, a vacina da gripe pode ser aplicada juntamente com a da Covid-19, então não há motivo para não receber um dos dois imunizantes”, completa a superintendente.
A vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as unidades de saúde da Capital protege contra os vírus H1N1 e H3N2 da Influenza A e contra a Influenza B, sendo eficaz contra três formas diferentes de gripe.
Público prioritário
A vacinação será destinada a idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade com mais de 18 anos de idade e adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
A doença
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório e é altamente transmissível. O período de incubação dos vírus influenza é geralmente de dois dias, mas pode oscilar entre um e quatro dias. Os sintomas variam desde a infecção assintomática até formas graves.
A transmissão ocorre principalmente de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias produzidas por tosse, espirros ou fala da pessoa infectada. Os sintomas incluem febre, cefaleia, dores musculares, tosse, dor de garganta e fadiga. A febre é o sintoma mais importante e dura cerca de três dias. Em casos mais graves, pode haver dificuldade respiratória e necessidade de hospitalização.
A vacinação contra a influenza reduz os sintomas nos grupos prioritários e previne o surgimento de complicações decorrentes da doença, além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde. É importante destacar que os sintomas da influenza podem ser confundidos com os da covid-19.
Bivalente
Também nesta segunda-feira (3), a vacinação com doses da bivalente teve os públicos ampliados na Capital. Agora gestantes, puérperas que deram a luz há até 45 dias e pessoas com comorbidades a partir dos 12 anos estão elegíveis para a vacina. Além desses novos públicos, a vacina segue disponível para Trabalhadores da saúde de qualquer idade, além de idosos de 60 anos ou mais, imunocomprometidos, indígenas aldeados e quilombolas com 12 anos ou mais.
Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, para receber o reforço é necessário estar com o esquema primário completo e ter recebido a última dose há pelo menos quatro meses.
Os públicos considerados imunocomprometidos são pessoas que realizaram transplante de órgãos sólidos ou medula óssea; pessoas portadoras de HIV (Vírus da imunodeficiência humana), Doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de corticóides em doses maiores ou iguais a 20 mg/dia de predinisona ou equivalente por pelo menos 14 dias; quem faz uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos que levam à imunossupressão; portadores de imunodeficiências primárias, Doença renal crônica em hemodiálise; que esteja em tratamentos quimioterápicos ou radioterápicos contra câncer nos últimos seis meses; Neplasias hematológicas.
A aplicação da primeira dose foi liberada na última semana para crianças de seis meses a menores de 3 anos sem comorbidades. Até então, somente o público com comorbidades estava apto a receber o imunizante.
Conteúdo retirado do O Estado.