Search
Picture of Informativo

Informativo

Médicos do Hospital de Câncer entram em greve

Picture of Informativo

Informativo

HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão) na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon (Foto: Divulgação) - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Hospital alega déficit de R$ 770 mil por mês e espera resposta de Governo de MS e Prefeitura da Capital

Sem condições de trabalhar, os médicos do HCAA (Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão) entraram em greve nesta quarta-feira (22). Eles cobram a regularização dos pagamentos e dos vínculos/contratos dos integrantes do corpo clínico e regularização dos serviços de patologia e exames de imagens (ressonância magnética e cintilografia óssea), essenciais aos diagnósticos e segmentos de tratamentos.

O hospital espera resposta de negociações com a Prefeitura de Campo Grande e o Governo de Mato Grosso do Sul para regularizar a situação causada em decorrência de déficit de R$ 770 mil por mês.

A partir de hoje, serão realizados somente os atendimentos de urgência e emergência realizados no PAM (Pronto Atendimento do HCAA), que funciona 24 horas. Os médicos mantêm também o trabalho de cirurgias de urgências e emergências, atendimentos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e os tratamentos nos setores de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia já em andamento.

Em nota, a direção do HCAA informou que os profissionais haviam anunciado a greve no dia 18 de janeiro deste ano, que foi adiada, mas o prazo findou e as reivindicações ainda não foram totalmente sanadas devido ao enorme déficit financeiro geral acumulado do hospital.

“Estas e outras questões pendentes para que os atendimentos do HCAA mantenham a regularidade dependem de verba emergencial e também o ajuste na contratualização na ordem de R$ 770.000,00/mês cujo estudo de revisão foi apresentado para às autoridades públicas da saúde tanto da Prefeitura como do Governo do Estado em janeiro e até o momento não foi atualizado. Os médicos anunciaram que só normalizarão os atendimentos quando houver resolutividade para esta questão e os recursos forem efetivamente liberados”, explica o hospital, em nota.

Conforme o hospital, o ápice do problema se deu em dezembro com pagamento do 13º salário dos funcionários do hospital. São 422 colaboradores e 75 médicos.

“Conforme é de ciência pública, o HCAA é uma instituição filantrópica atendendo 99% dos pacientes oriundos do SUS (Sistema Único de Saúde) com os tratamentos totalmente gratuitos aos usuários. Realiza 70% dos atendimentos oncológicos públicos de todo o Estado do Mato Grosso do Sul. Em 2022 foram realizados mais de 180 mil procedimentos (cirurgias, quimioterapias, radioterapias, consultas dentre outros atendimentos)”, destaca o hospital.

A greve pegou de surpresa quem chegou ao hospital para consulta hoje. A do lar Luciene Benites Moreira, de 52 anos, levou a vizinha ao local, que voltou para casa sem previsão de ser atendida.

“Ela faz tratamento no seio e está com muita dor. Muita gente vem de fora da cidade e todos estão sendo orientados a voltar para casa. Não remarcaram ou disseram quando vão atender”, contou.

A reportagem aguarda resposta da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) com posicionamentos sobre o assunto.

Conteúdo retirado do Campo Grande News.