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Ex-prefeito de Campo Grande, pastor é acusado de vender casa de terceiro a fiéis da igreja

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Ex-prefeito e pastor, Gilmar Olarte - Arquivo
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Gilmar Olarte e mais dois comparsas são acusados de aplicar golpe de R$ 800 mil em casal de fiéis da Assembleia de Deus

O ex-prefeito de Campo Grande e pastor da Assembleia de Deus, Gilmar Olarte, foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pela prática do crime de estelionato. Ele e dois comparsas aplicaram um golpe de aproximadamente R$ 800 mil contra dois fiéis da igreja que pretendiam comprar um imóvel.

O pastor e os comparsas “venderam” às vítimas um imóvel que não existia. O tal imóvel estaria localizado na Avenida Marechal Deodoro, 3405, no Jardim Tijuca. Eles alegaram que o imíovel seria objeto de um leilão judicial. 

Foram denunciados, além de Gilmar Olarte, o técnico de pavimentação Diego Aparecido Francisco e a bancária Alessandra Carrilho de Araújo. No esquema, Diego se passou por advogado, e Alessandra ajudou o casal de fiéis da Assembleia de Deus Nova Aliança, que segundo o Ministério Público, agiu de boa fé, conseguir financiamento para o imóvel.

Diego intermediou uma negociação das vítimas com o Banco Safra, e ainda chegou a receber R$ 350 mil em seu nome. Já Alessandra, ajudou o casal a conseguir vários empréstimos que totalizaram R$ 800 mil. 

O golpe

O golpe começou quando em dezembro de 2020, o casal manifestou ao pastor, Gilmar Olarte, o desejo de comprar um imóvel. Foi então que o pastor e ex-prefeito apresentou as vítimas para Diego, que passou por advogado especialista em transações imobiliárias, e Alessandra, gerente do Banco Safra. 

Diego informou às vítimas que o imóvel, supostamente em leilão, custaria R$ 350 mil, sendo que para garantir a compra, teria de ocorrer um adiantamento de R$ 50 mil, tendo sido pagos R$ 15 mil em dinheiro, R$ 15 mil em depósito bancário, além de duas folhas de cheque de R$ 10 mil cada. 

O falso advogado ainda cobrou das vítimas R$ 60 mil de honorários advocatícios. Alessandra disponibilizou o empréstimo de R$ 350 mil às vítimas, mas elas sempre eram impedidas de ir pessoalmente ao banco: era Diego o responsável por todas as tratativas.

Mesmo com o pagamento integral do imóvel, as vitimas nunca receberam ou tomaram posse do bem. 

Outras condenações

Em maio de 2021, o processo judicial que condenou o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte a 8 anos e 4 de prisão em regime fechado por corrupção e lavagem de dinheiro, transitou em julgado, e o pastor e ex-mandatário da Capital foi preso.

Atualmente Olarte cumpre a pena em regime semi-aberto. Ele também responde a várias acusações de improbidade administrativa. 

Conteúdo retirado do Correio do Estado.