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“Vou lutar por Justiça pela minha filha”, diz pai de Sophia em audiência pública

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Jean Ocampo, pai da menina Sophia, quer justiça pela filha - Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado
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Abalado, ele se limitou a dizer poucas palavras e agradeceu apoio das pessoas com o caso

Jean Carlos Ocampo, pai da menina Sophia Ocampo, de 2 anos, que morreu após ser espancada pela mãe e padrasto, disse que irá lutar por Justiça pela filha.

A afirmação foi feita na manhã desta quarta-feira (15), em audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande.

Abalado, Jean usou a tribuna para agradecer as pessoas presentes e preferiu não dizer muitas palavras.

“Quero agradecer todos que estão presentes. Hoje nós estamos reunidos aqui para poder lutar por Justiça pela minha filha. Obrigada a todos que se disponibilizaram a estar aqui, muito obrigado”, limitou-se a dizer.

Anteriormente, ele já havia dito que irá processar o Estado e Município pela negligência no atendimento e investigação do caso.

Isto porque a criança deu 30 entradas em unidades de saúde devido à agressões antes de ser morta, além de ter sido negada a guarda da menina ao pai, que é casado com outro homem.

A audiência pública foi convocada para debater sobre a Rede de Proteção à Crianças e Adolescentes em situação de risco.

O chamamento foi motivado pelo caso Sophia, que gerou grande comoção pelas circunstâncias em que ocorreu e que, segundo especialistas, a morte poderia ter sido evitada.

Caso Sophia

Sophia morreu no dia 26 de janeiro de 2023. Ela foi levada pela mãe até uma unidade de saúde, onde foi constatado que ela já estava morta há cerca de 7 horas e com ferimentos que indicavam que ela foi agredida e abusada sexualmente.

Christian Campoçano Leitheim, 25, e Stephanie de Jesus da Silva, 24, padrasto e mãe da menina, respectivamente, se tornaram réus por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, contra menor de 14 anos e meio cruel, sendo que o padrasto também é denunciado pelo crime de estupro de vulnerável. 

A mãe também acumula a denúncia de homicídio doloso por omissão, já que só encaminhou a menina à Unidade de Pronto Atendimento aproximadamente sete horas após sua morte. 

Audiência

A audiência foi convocada pela Comissão Permanente de Segurança Pública, composta pelos vereadores Tiago Vargas (Presidente), Coronel Villasanti, Valdir Gomes e Ayrton Araújo.

Conforme Vilassanti, o objetivo é ouvir todas as entidades e verificar os procedimentos da atual rede de atendimento e proteção à criança e adolescente.

“É preciso identificar se o sistema atual possui falhas e saná-las o mais rápido possível, para que não ocorra mais casos como o da menina Sophia que perdeu a vida com apenas dois anos e meio”, disse Villasanti.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.