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Secretário de Justiça sai em defesa de Torres em exoneração

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O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul Antonio Carlos Videira, o ex-Presidente Bolsonaro e o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. - Reprodução
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Levantamento mostra que MS está entre os estados que mais possuem financiadores identificados  

O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, saiu em defesa do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em relação a sua exoneração do cargo. Segundo Videira, o secretário do DF subestimou a ação. 

“Aquelas pessoas ordeiras e organizadas em um grande grupo partiram de manifestantes para autores de vandalismo. E que custou ao Anderson Torres a exoneração por ter subestimado a ação”, assegurou o secretário estadual em entrevista a uma rádio do Grupo Feitosa de Comunicação. 

Videira e Torres faziam parte do Consesp (Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública), um órgão consultivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública e que sempre contava com a presença de ambos em suas reuniões, como na última feita em novembro do ano passado, quando Torres era o ministro da pasta.  

Servidor de carreira na segurança pública, Videira é delegado aposentado da Polícia Civil, ocupou os cargos de superintendente de Segurança Pública, secretário adjunto da Sejusp, até assumir o comando da pasta desde dezembro de 2017. 

Já Anderson reassumiu a SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal) há uma semana, após o fim do governo de Jair Bolsonaro. Além da exoneração, publicada na edição de segunda-feira (9) do Diário Oficial do Distrito Federal, foi determinada a prisão do secretário, mas, como ele está de férias em Orlando, nos Estados Unidos, desde o dia 7 de janeiro, essa decisão, da última terça-feira (10), ainda não foi cumprida. 

Financiadores

O setor de inteligência do Ministério da Justiça tem intensificado as investigações para identificar os responsáveis por planejar, executar e financiar os atos de extremismo ocorridos no dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

De acordo com levantamento, Mato Grosso do Sul está entre os estados que mais possuem financiadores identificados até o momento, inclusive dois nomes já foram divulgados e são eles: Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju, e Aparecida Solange Zanini, de Três Lagoas. Ambos estão na lista de pessoas que financiaram o transporte. 

Inclusive, de acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, os primeiros a serem identificados foram os que pagaram pelo transporte dos manifestantes. A AGU (Advocacia- -Geral da União) já pediu que a Justiça Federal do DF bloqueie R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas (entre as quais estão os dois citados acima, do Estado) e sete empresas. 

Ainda conforme o ministro, o perfil dos chamados de financiadores é variado, e contempla desde pequenos comerciantes até grandes empresários do agronegócio e colecionadores de armas (CACs). 

Com mais de 1,3 mil presos, DF estuda transferências para outros estados

A Seape (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) do Distrito Federal atualizou, na quarta-feira (11), a lista de pessoas presas após os atos extremistas ocorridos em Brasília e até então 1.398 pessoas, sendo 904 homens e 494 mulheres, já foram transferidos para os presídios. 

Os presos estão sendo encaminhados para o Centro de Detenção Provisória II, no Complexo da Papuda, e para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Mas, diante do número, a secretaria já estuda a possibilidade de transferência para outros estados da Federação. 

Vale ressaltar que o Estado ainda não recebeu nenhum pedido de remoção ou de vagas para receber os presos do Distrito Federal. “O de praxe é que eles fiquem presos lá, até porque vão responder à Justiça do Distrito Federal”, afirmou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira. Informação, inclusive, confirmada ao jornal O Estado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciária). 

Sul-mato-grossenses 

De Mato Grosso do Sul, ao menos 127 moradores estão presos na capital federal, conforme um dos manifestantes da Capital que não foi para Brasília no fim de semana. Entretanto, uma lista divulgada pela Polícia Civil do Distrito Federal identifica seis sul-mato-grossenses: um de Campo Grande, Itaporã, Dourados, Maracaju e dois de Ponta Porã.

Ônibus

Entre os 86 veículos identificados pela Polícia Federal, que teriam transportado os manifestantes para os atos em Brasília no último fim de semana, dois ônibus são registrados em Mato Grosso do Sul, conforme levantamento da agência pública. Um terceiro veículo, que também seria de MS, foi apreendido em Goiás, quando voltava para o Estado. 

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal de Goiás, os veículos foram detidos em Jataí, Anápolis, Catalão, Morrinhos, Santo Antônio da Barra, Hidrolândia, Itumbiara, Valparaíso e Cristalina. Os ônibus identificados também tinham como destino outras cidades, como dos estados de São Paulo e Paraná, que traziam os manifestantes radicais de volta para casa.

Entre as empresas já identificadas está a Transcolita Turismo Ltda., que funciona em Itaporã, a 234 quilômetros da Capital. O proprietário da empresa, que preferiu não se identificar, garantiu em entrevista ao jornal O Estado, conforme já publicado em edição anterior, que apenas fretou o veículo.

“Eles informaram o destino no dia da locação, que era para Brasília e que seria para participar do movimento. O trabalho funciona assim: o motorista leva o pessoal, deixa lá e vai para o hotel, ele não fica no mesmo local”, esclareceu.

Conteúdo retirado do O Estado.

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