Prefeitura afirma estar sem caixa para atender exigências dos servidores, porém, ex-secretário de finanças desmente gestão atual
O pesadelo sem fim de Adriane Lopes parece longe de terminar, após conseguir uma “folga” dos professores que deram fim a greve, outros setores públicos se mobilizam para paralisar os serviços por conta do mesmo imbróglio: DESCOMPRIMENTO DA LEI NO REAJUSTE SALARIAL.
Os sindicatos e servidores começaram a se mobilizar contra a prefeita da Capital pelos professores da REME (Rede Municipal de Educação), no dia 25 de Novembro. A mobilização dos professores que durou quase duas semanas foi o estopim para que outras categorias se mobilizassem e cobrassem o reajuste prometido em lei pela prefeitura da Capital.
O Sisem, sindicato dos Agentes de Comunitários de Saúde e Endemias, lançou seu manifesto contrario ao descumprimento da gestão. No dia 8 de Dezembro, enfrente a prefeitura, os agentes de saúde cobraram o cumprimento da Lei Municipal 9.650. Dentre os pedidos que a categoria aguarda é o pagamento de insalubridade previsto em Lei 11350, o valor do bolsa alimentação aguardado pelos servidores que já foi discutido em abril, o pagamento do Previne Brasil e o comprimento da Lei Municipal 9650.
GESTÃO É CONTRARIADA POR PEDROSSIAN
Por meio das redes sociais, o ex-secretário de finanças da Capital e deputado federal eleito, Pedro Pedrossian Neto (PSD) rebateu a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriotas) sobre a falta de dinheiro no caixa da Prefeitura.
“Para resolver os problemas, é preciso competência, capacidade de diálogo e, sobretudo, respeito aos servidores públicos. Nosso trabalho no comando da Secretária de Finanças sempre foi pautado nesses princípios”, disse Pedrossian.
NATAL CUSTOU O DOBRO ESSE ANO
Mesmo alegando falta de recursos para cumprir com os reajustes dos servidores públicos da Capital, a prefeitura de Campo Grande, abriu uma licitação milionária para as festividades de Natal. O edital publicado no Diário Oficial do município prevê pagamento de R$ 2,5 milhões para a empresa que comprar e instalar os enfeites luminosos.
A reportagem feita pelo Campo Grande News questinou à Prefeitura, que alegou que reutiliza parte da decoração, mas que só os equipamentos antigos não são suficientes para atender todo o projeto de decoração. Segundo a Prefeitura, muitos materiais sofrem desgaste natural pela exposição ao sol e chuva, ou acabam sendo depredados e por isso precisam ser repostos. Isso se aplica, por exemplo, às lâmpadas, que queimam por oscilação da energia ou param de funcionar porque o tempo de vida útil terminou. Além disso, o valor de R$ 2,5 milhões é apenas uma referência e ainda pode cair com a concorrência entre as empresas participantes, segundo a prefeitura.
Porém de acordo com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), o projeto deste ano é maior que o do ano passado, quando foi gasto R$ 1 milhão em decoração.
A REFORMA É A SAÍDA
Adriane Lopes declarou na manhã desta terça-feira (13), em entrevista a Rádio Hora que haverá mudanças para os servidores municipais. Em entrevista, Adriane ressaltou que em março deste ano, a ACP formulou uma legislação que foi aprovada na Câmara dos Vereadores concedendo aos professores o aumento. “Porém existe uma cláusula que diz que somente será cedido esse aumento quando a Prefeitura estiver no limite prudencial”.
Como alternativa para conseguir cumprir com as exigências das categorias, a Prefeita pretende apresentar uma proposta de reforma administrativa, com o intuito de conseguir reorganizar o orçamento da Prefeitura e com isso honrar o pagamento dos servidores.
Entretanto o questionamento que fica é: ONDE FOI PARAR O DINHEIRO EM CAIXA DITO POR PEDROSSIAN?
Por Allyson Leguizamon.