No primeiro ano da pandemia, PIB recuou em 24 das 27 UFs
Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2020 revisado, publicado neste mês, mostra que Mato Grosso do Sul teve a maior variação positiva do País, seguido apenas de Roraima, únicos estados que não recuaram.
Conforme o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação positiva foi influenciada, sobretudo, pela agropecuária.
Em 2020, PIB do Brasil atingiu R$ 7,6 trilhões, recuando 3,3% em volume. Houve quedas no PIB de 24 das 27 unidades da federação, com estabilidade apenas em Mato Grosso e variações positivas em Mato Grosso do Sul (0,2%) e Roraima (0,1%).
Essas são informações das Contas Regionais 2020, elaboradas pelo IBGE em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
Segundo o IBGE, todas as cinco regiões registram queda no PIB. Entretanto, o Centro-Oeste foi a de menor queda em volume (-1,3%), influenciado principalmente por Mato Grosso do Sul (0,2%).
Mato Grosso se manteve estável. Goiás e Distrito Federal, que apesar de registrarem queda, de 1,3% e 2,6%; respectivamente, tiveram variação em volume superior à média nacional.
Ranking de participação no PIB
Oito unidades da federação trocaram de posição no ranking de participação no PIB, entre 2019 e 2020. Ao longo da série histórica, iniciada em 2002, apenas em 2014 e 2016 o número de movimentações de posições foi maior.
Mato Grosso do Sul subiu uma posição, para a 15ª, com 1,6% de participação do PIB no Brasil.
A gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça, destaca que o aumento na troca de posições é reflexo do primeiro ano da pandemia e da forma como ela ocorreu diferentemente entre as Unidades da Federação.
“A Agropecuária cresceu 4,2%, mas representa cerca de 5% do PIB nacional, enquanto nos estados do Centro Oeste chega a 20% do valor adicionado, o que compensou parcialmente a queda nos serviços. O Rio Grande do Sul foi um dos poucos estados onde a agropecuária não colaborou, devido a problemas climáticos”, disse.
Outras regiões
No Sudeste, o volume do PIB foi igual ao nacional (-3,3%), com retração mais acentuada no Espírito Santo (-4,4%), seguida por São Paulo (-3,5%), Minas Gerais (-3,0%) e Rio de Janeiro (-2,9%).
No Norte (-1,6%), Pará (-0,2%) e Amazonas (-1,7%), os dois estados com maior peso na região, tiveram variação acima da média nacional. Roraima também teve variação positiva (0,1%).
A região Sul obteve a maior queda em volume do PIB (-4,2%), entre 2019 e 2020, devido principalmente ao desempenho de Rio Grande do Sul (-7,2%).
No Nordeste, Maranhão (-1,9%) e Sergipe (-1,0%) foram os dois únicos estados com variação do PIB superior à do Brasil. O desempenho da região foi de -4,1%, atrás apenas da região Sul.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.