Search
Picture of Informativo

Informativo

Preço da gasolina continua impedindo aumento da inflação em Campo Grande

Picture of Informativo

Informativo

Reprodução - Mídia Max
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Índice do mês de setembro ficou em -0,22%; a terceira deflação seguida

O litro da gasolina continua impedindo a alta da inflação em Campo Grande. Em setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em -0,22%, 0,17 ponto percentual acima da taxa de -0,39%, registrada no mês anterior. Essa é a terceira deflação seguida. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O acumulado nos últimos 12 meses chega a 7,15%. Já no ano, entre janeiro e setembro, ficou em 4%.

Dentro do grupo de transportes, que teve queda de 1,32%, os combustíveis apresentaram retração de 8,50%. Somente a gasolina caiu 6,23%; o etanol -10,63% e óleo diesel -1,27%. Ainda no setor de transportes, as passagens aéreas tiveram queda de 4,16%. Transporte por aplicativo caiu 1,75%.

Conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a média da gasolina vendida em Campo Grande está nos R$ 4,66. Os preços variam entre R$ 4,59 e R$ 4,83. A equipe do jornal O Estado encontrou o combustível a R$ 4,52 em um posto localizado na Avenida Calógeras.

De acordo com a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Andreia Ferreira, essa queda do combustível vai durar só até o fim do ano. “A gasolina ajudou para motoristas que usam este combustível, mas ainda assim, as quedas não compensam o aumento acumulado do combustível, que teve alta de 46% só em 2021. E esta queda da gasolina e do etanol vai durar só até o fim deste ano, porque é o que diz a lei complementar”, avalia.

Em relação ao diesel, a profissional destaca que a guerra entre a Rússia e Ucrânia ainda vai impactar no preço. “Com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia e o inverno no Hemisfério Norte, onde o diesel é usado para além do transporte, para aquecimento, por exemplo, a tendência é de aumento na cotação internacional e isso vai refletir aqui no Brasil”, ressalta.

Habitação

Este grupo teve queda de 0,25%. As duas maiores quedas vieram do item aluguel e taxas, com -1,42%,assim, aluguel residencial (-2,89%), condomínio (-1,78%) e cimento (-1,68%) foram os subitens que mais tiveram taxa negativa.

Do lado do aumento, o subitem mudança teve alta de 2,81%. As outras maiores altas vieram de dois subitens contidos no item artigos de limpeza (1,97%): detergente (2,68%) e saco para lixo (2,57%).

Alimentação e bebida

O índice ficou em -0,05% em Campo Grande. Neste grupo, a batata-inglesa aumentou 19,01%; e ainda banana-d’água (15,47%), cebola (9,71%) e laranja-pera (8,11%).
Em contrapartida, os preços do leite longa vida caíram 8,32%. No entanto, se comparar os últimos 12 meses, o produto ainda acumula alta de 39,03%. Também teve redução no óleo de soja (-4,29%) e em carnes (-1,41%).

A variação da alimentação fora do domicílio teve alta de 0,46%, acima da taxa do mês anterior (0,34%). Enquanto a refeição passou de 0,72% para -0,28%, e o lanche de -0,35 para 1,62%. “O acumulado em 12 meses para alimentação em domicílio continua na casa dos dois dígitos (10,05%). É uma redução temporária e que não tem sido suficiente para compensar os aumentos dos anos anteriores, sequer somente o do ano passado”, completa a economista.

Outros grupos

O grupo comunicação foi o que teve maior variação negativa, de -2,42% em setembro. O maior impacto veio do subitem acesso à internet, que apresentou variação de -10,95%.

No setor de saúde e cuidados pessoais, o índice foi de 0,63%. As principais contribuições de setembro vieram dos subitens óculos de grau (2,27%), antialérgico e broncodilatador (2,10%) e do papel higiênico (2,09%).

Em se tratando das quedas, os subitens artigos de maquiagem tiveram resultado de -2,43%; produtos para a pele (-2,01%) e fralda descartável (-1,19%). Já no setor de despesas pessoais, a alta foi de 0,97%, puxada pelos subitens ligados aos serviços pessoais, como depilação (2,87%) e manicure (2,39%). Os subitens que obtiveram maior queda foram pacote turístico (-1,85%), cinema, teatro e concertos (-0,88%), e alimento para animais (-0,52%).

Em artigos de residência (0,35%), o item refrigerador teve alta de 3,54%, utensílios de vidro e louça (2,53%) e móvel para quarto (1,99%). O grupo educação teve leve aumento, de 0,03%. O percentual é resultado do subitem artigos de papelaria (1,68%). No lado das quedas estão os subitens atividades físicas (-0,74%) e cursos diversos (-0,22%).

Brasil

O IPCA de setembro foi de -0,29%, terceiro mês seguido de deflação. Foi a menor variação para o mês desde o início da série histórica.

No ano, a inflação acumula alta de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%. Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,16%.

Dos nove grupos, quatro tiveram queda em setembro. O grupo de transportes teve queda de -1,98%; grupo comunicação (-2,08%) e alimentação e bebidas (-0,51%); e artigos de residência (-0,13%).

Conteúdo retirado do O Estado.