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MS segue tendência nacional e registra aumento de notificações de casos de Chikungunya

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Após a pandemia do novo coronavírus e com a posterior retomada dos índices da doença e de sua transmissão, as arboviroses voltaram a chamar a atenção em todo Brasil. Em Mato Grosso do Sul, dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) indicam que em setembro já são 747 notificações possíveis para Chikungunya, no ano passado, o volume total foi de 174 notificações, o que representa em uma alta de 329%.

No cenário nacional, a doença que é transmitida pelo mesmo mosquito que a dengue, o Aedes Aegypti, já contabilizou a pelo menos, 64 mortes de cidadãos no país em 2022, quase 4,5 vezes mais do que os 14 óbitos contabilizados em todo o ano passado. O volume de casos saltou de 96.288 para 162.407 (68,6%).

Conforme o último boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Mato Grosso do Sul já contabiliza um recorde de casos. Neste ano, já são mais de 747 casos prováveis de Chikungunya, no ano anterior (2021), foram 174 casos suspeitos, volume inferior aos 193 casos de 2020 e similar aos 173 casos de 2019.

Outro ponto destacado no relatório do Estado, é que os municípios de Brasilândia e Nioaque lideram o ranking de cidades com as maiores incidências de casos prováveis, com 339 e 99 casos respectivamente. Na mesma lista, Campo Grande aparece na 40ª posição com 28 casos prováveis.

Para o jornal O Estado, a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener confirmou que o Estado vive uma realidade similar com a vivenciada no restante do país, principalmente sobre o aumento de notificações de casos possíveis de Chikungunya.

“Em relação a Chikungunya no Mato Grosso do Sul fazendo um comparativo com os anos anteriores, nós tivemos um aumento de casos prováveis na comparação com os outros anos. Este aumento tem um reflexo das notificações que estão sendo registradas no município Esse aumento de notificações se deve ao aumento da circulação da Chikungunya no Brasil e no Estado. A Doença ela traz sequelas, o paciente pode ter várias e alguns dos sintomas que a diferenciam de outras arboviroses é a dor nas articulações e juntas de grande quantidade. Mesmo assim, destacamos que os cuidados devem continuar tanto para a dengue, quanto a Zika e a Chikungunya, o Aedes é o vetor que transmite a doença e por isso, os cuidados com as nossas casas e quintais devem sempre continuar, destacou.

Capital em alta

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) indicou que em 2021 a Capital registrou 42 notificações de possíveis casos de Chikungunya, dos quais, 13 deram positivo para a doença. Contudo, os números confirmam que a cidade acompanha o crescimento nacional, uma vez, que até o mês de agosto deste ano, foram contabilizados 130 notificações, com 25 casos confirmados.

Além disso, conforme a pasta, quando se analisam as demais arboviroses é possível identificar que em 2021, Campo Grande registrou entre janeiro e dezembro um total de 5.673 casos notificados, dos quais, 531 deram positivo para dengue. No mesmo ano, os dados epidemiológicos de Zika indicam que foram 25 notificações, com 7 pacientes confirmados para a doença. Neste ano, até o mês de agosto, pelo menos, 14.042 casos de dengue foram notificados, dos quais, 7.010 deram positivo para a doença. Ainda em 2022, o número de notificações de Zika somam os 68 casos, com apenas 1 positivo para a doença.

Por sua vez, a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, destaca embora o crescimento de casos também tenha sido registrado em Campo Grande de forma pouco significativa, não descarta a possibilidade de que haja uma epidemia da doença, principalmente, pelo fato, do vírus estar presente na realidade de muitos municípios.

“A gente sempre teve casos de Chikungunya registrados no município, alguns outros municípios do país já passaram inclusive, por uma epidemia de Chikungunya e Campo Grande ainda não passou. Mas Campo Grande corre o risco de ter uma epidemia de Chikungunya. Casos notificados da doença e o vírus circulando pela cidade a gente tem a alguns anos. Estamos tendo mais casos notificados dessa doença e a sinalização de que poderemos ter um dia ou vir a ter uma epidemia”, destacou.

Questionada sobre como funcionam as coletas de materiais para o exame que comprova ou descarta a doença, a superintendente pontuou que em alguns casos ele não se faz necessário, uma vez, que as doenças possuem características próprias e que facilitam o diagnóstico.

“Para a coleta do exame existem alguns critérios, as vezes até o quadro clínico do paciente já diz que ele está com alguma desses doenças e como tem dias específicos de sintomas para a realização da coleta, então muitas vezes a pessoa não está no período de coleta e o diagnóstico pode ser realizado pelo quadro clínico”, pontou.

Conteúdo retirado no O Estado.