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Polícia Civil abre canal exclusivo para receber denúncias contra ex-prefeito da Capital

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Em greve, Polícia Civil deverá atender apenas urgências - Arquivo/ Correio do Estado
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Segundo delegado-geral de MS, de três relatos, inquérito já conta com oito mulheres que procuraram a Deam

A Polícia Civil abriu um canal exclusivo para que as vítimas possam denunciar os supostos assédios cometidos pelo ex-prefeito e pré-candidato ao Governo do Estado, Marquinhos Trad. O aparelho celular, com o número (67) 99324-4898, segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Roberto Gurgel, ficará 24 horas sob o cuidado da delegada Maira Pacheco, responsável pelo caso.

“Esse aparelho conta também com o aplicativo de conversas WhatsApp e a vítima falará direto com a delegada do caso, sem uma terceira pessoa envolvida. Inclusive ele pode ser utilizado para encaminhamento de materiais também”, explicou.

O delegado declarou ainda, durante reunião com seis vereadores de Campo Grande e o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, que o número de denunciantes atualizado subiu para oito mulheres.

“Primeiro eu quero deixar claro aqui que a Polícia Civil trata do caso como um caso policial e não político. Nosso trabalho não tem lado, nós queremos esclarecer os fatos e assim vamos dando continuidade as investigações”, assegurou.

Sobre o fato do caso estar em sigilo, Gurgel esclareceu que essa medida foi tomada, justamente, para que não haja interferências nas investigações. “Preservar o que já foi feito e o que será realizado”.

Reunião

A pedido dos vereadores, o delegado-geral e o secretário Videira receberam os parlamentares no auditório da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), ontem (25), para falar sobre o caso. “Estamos abertos para quaisquer esclarecimentos”, disse o secretário.

Estavam presente os vereadores Professor André Luis, Marcos Tabosa, Tiago Vargas, Camila Jara, Coronel Alírio Villasanti e João César Mattogrosso. Eles querem abrir uma CPI para apurar os fatos.

“Nós já estamos com seis assinaturas, inclusive são esses que estão presentes na reunião, mas precisamos de 10. Então vamos aguardar o retorno do recesso na terça-feira (2). Precisamos dar uma resposta para a população campo-grandense sobre esse caso que é gravíssimo”, disse Tabosa.

Os vereadores foram pedir também celeridade no caso. Segundo Tiago Vargas, que é do mesmo partido do ex- -prefeito, a conclusão é fundamental. “Sou do partido dele, mas eu mais do que ninguém quero que essa situação seja esclarecida, porque independentemente de eleições ou não, estamos falando de oito pessoas”, reiterou.

Camila Jara, única vereadora mulher, espera que nenhum dos lados venha se valer dessa situação e que ninguém tente tirar proveito político, pois, segundo ela essa é uma situação muito grave. “Porque envolve a estrutura pública sendo possivelmente usada para violentar cada vez mais mulheres. Neste sentido enquanto Câmara de Vereadores e Procuradora Especial da Mulher pedimos rigor e celeridade nas investigações”.

Ameaça o vereador João César Mattogrosso também afirmou, durante a reunião com os integrantes da segurança pública, que foi ameaçado e que imagina ser de alguém ligado ao ex-prefeito. Segundo o parlamentar, eles disseram em mensagem que iriam expor sua intimidade.

“Registrei o boletim de ocorrência na última sexta- -feira (22). Não sei quem fez isso, mas com toda certeza a gente imagina que seja alguém ligado a esse lado político. Agora vou para cima, o que precisar fazer para que a verdade, seja ela qual for, venha à tona, eu vou fazer”, ressaltou.

Mulheres querem resposta A senadora Soraya Thronick, do União Brasil, por meio das suas redes sociais, pede para que o caso seja resolvido o mais rápido possível, tendo em vista que a eleição está cada dia mais próxima e os eleitores precisam saber em quem irão votar. “Que a justiça será célere para trazer a verdade antes do pleito eleitoral”, disse.

A ex-subsecretária estadual de Política para Mulheres, Luciana Azambuja, também usou das redes sociais recentemente para dizer que repudia “veementemente” todo e qualquer tipo de violência contra as mulheres. “Acusar alguém de cometer crime sexual é grave. Por isso tivemos cautela. A verdade interessa a todos e especial mente ao próprio acusado, que deveria ser o primeiro a exigir celeridade na investigação policial […] Não vamos nos calar, mexeu com uma, mexeu com todas”, destacou a ex-subsecretária.

Conteúdo retirado do O Estado.