Norma abrange 10 cidades do interior e validade se estende até o fim do ano
Diante da estiagem que já dura praticamente dois meses na região pantaneira de Mato Grosso do Sul, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), decretou estado de emergência ambiental em todas as cidades em que o bioma está presente. De acordo com Azambuja, o decreto facilita as ações emergenciais nos casos de incêndio.
O decreto será válido a partir desta sexta-feira (22), quando será publicado e se estenderá por 180 dias. Ou seja, o alerta para queimadas ficará em vigor até dezembro deste ano, já que a situação não tende a melhorar em termos de climatologia.
A norma valerá para todas as cidades em que o bioma pantanal está presente. São elas: Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho, Sonora, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Bodoquena, Jardim, Bonito, Anastácio, Corguinho e Rio Negro.
Ainda ficam resguardadas também Áreas de Proteção Ambiental (APA) e Áreas de Preservação Permanente (APP), bem como os parques espalhados por MS.
Em coletiva na tarde desta quinta-feira (21), o governador esclareceu ainda que o decreto abrange o bioma pantaneiro por uma série de fatores, como a falta de chuvas e as temperaturas altas que atingem a região, tornando o clima favorável para queimadas, seja por ação humana ou por causas naturais.
Conforme explicado pelo meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec), Vinícius Sperling, em termos gerais pode-se dizer que o Pantanal está sem chuvas significativas há dois meses e a precipitação para este mês está 25% a 50% abaixo do esperado para essas época do ano.
“ Dias atrás choveu em Corumbá, mas foram 10 mm e essas chuvas pontuais não são suficientes para mudar os fatores que favorecem as queimadas”, destacou.
A publicação da norma é uma forma de facilitar o trabalho dos órgãos responsáveis pelo combate e prevenção de incêndios, já que pelas prerrogativas de emergência o governo pode agir de forma descomplicada para a contratação de pessoal e compra de equipamentos.
O governador ainda explicou que foram investidos mais de R$ 100 milhões ao todo, incluindo a aquisição de equipamentos e ainda um valor adicional especialmente por meio do decreto
“Os R$78 milhões foram para a compra de equipamentos como avião, caminhão auto bomba tanque florestal, sopradores e outros itens necessários para o combate de queimadas. Já os R$38 milhões foram dentro do decreto para o custeio operacional”,
Ainda de acordo com o Cemtec, a previsão indica que a situação não irá mudar tão cedo e o período de estiagem pode se estender até setembro, no mínimo, o que aumenta as possibilidades de incêndio.
O controle e fiscalização será feita por meio da Sala de Situação Integrada, com ação conjunta do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Polícia Militar Ambiental (PMA) e Defesa Civil. Conteúdo retirado do Correio do Estado.