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Inquérito policial conclui que mulher motivou ex-marido a assassinar dono de lava a jato

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A 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande indiciou, nesta terça-feira (12), a namorada de Luiz da Conceição Tierre, 36, assassinado a tiros no mês de maio em frente a um lava-jato da Avenida das Bandeiras, em Campo Grande. Na ocasião, Adriano Medeiros Pereira também morreu passando pelo local, vítima de uma bala perdida.

Segundo a investigação, ela é suspeita de motivar o ex-marido a matar a vítima para furtar R$ 60 mil, tendo que responder na justiça pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), porte irregular de arma de fogo e corrupção de menor.

Dentre as testemunhas no local dos fatos, encontrava-se a mulher que mantinha um relacionamento amoroso com Luiz. Inclusive, ela havia passado a noite com a vítima no lava-jato e, ao ouvir os disparos, saiu do interior do estabelecimento comercial e aparentemente tentou evitar que o autor, terminasse a execução.

Conforme invetigação, na noite anterior do duplo homicídio o autor havia passado a noite na casa da sua ex-convivente, a três quadras do lava-jato. além disso, dias antes do crime ela passou a comentar que teria uma herança a receber.

Diante desse contexto, foi concluído que ela, sabendo que Luiz estava com um dinheiro resultado de empréstimos com que trabalhava e, também, da venda de um imóvel, instigou o seu ex-convivente a praticar o crime com a finalidade de após a morte subtrair os valores.

A Polícia Civil também concluiu que o autor organizou o crime junto com a indiciada, encontrando-se de campana nas proximidades do lava-jato, aguardando a saída da vítima do local. Diante desse quadro, o autor após confessar o crime fugiu, sendo preso dias depois, portando a arma de fogo utilizada no crime.

Porte ilegal e corrupção de menor

Outras testemunhas relataram que após a morte das vítimas, a indiciada apossou-se de uma bolsa com um montante de cédulas. Ela sustentou que o dinheiro que ela pegou no lava-jato, que estaria em duas bolsas pequenas, foi no mesmo dia entregue a uma funcionária do estabelecimento.

Porém, a funcionária do lava jato prestou depoimento e sustentou ter recebido apenas R$ 340. Sobre os crimes de porte irregular de arma de fogo e corrupção de menor, as investigações esclareceram que a indiciada determinou que o seu filho, de 14 anos, retirasse uma pistola calibre 380 do lava-jato, além de dinheiro. Conteúdo retirado do O Estado.