Em evento no Bioparque, governador lembrou das ações tomadas pelo Estado para mitigar impactos da produção agropecuária
Durante o Seminário de Iniciativas Descarbonizantes da Agropecuária Brasileira, realizado na tarde desta segunda-feira (6), o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, lançou o plano tecnológico para que o Estado neutralize a emissão de gás carbônico até 2030.
De acordo com o governador, os produtores agrícolas ou pecuários deverão ter suas ações norteadas na preservação do meio ambiente, recuperação das áreas degradadas e produção sustentável, seguindo as cartilhas disponibilizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), apresentadas durante o evento por representantes da pasta, e as políticas públicas de Carbono Neutro.
Para reforçar o compromisso com o desenvolvimento sustentável, o governador apresentou duas novas leis. Uma para a implantação do programa estadual de bioinsumos do Estado para fortalecer o uso de fertilizantes orgânicos na produção agrícola.
A segunda lei irá para votação na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (5) e cria o protocolo signatário “Governadores pelo Clima”, que vai nortear as ações de políticas públicas duradouras para o desenvolvimento sustentável da agropecuária.
“É possível produzir alimento com sustentabilidade, basta seguir os programas existentes para o desenvolvimento sustentável”, pontuou Azambuja.
O Chefe de Estado ainda lembrou que o funcionamento dos planos de redução de carbono também passam pelo combate ao desmatamento ilegal e reforço das políticas públicas
“Vamos aumentar 1 milhão a mais de florestas plantadas, aumento para 2.300 milhões de florestas plantadas no Estado. É nosso dever combater o desmatamento ilegal e ressaltar que temos políticas governamentais”, enfatizou.
Uma das práticas lembradas por Azambuja durante sua fala de abertura foi o MS Precoce que, por meio de modificações genéticas, reduz a emissão de metano na criação de gado ao permitir que o abate seja feito 16 meses antes previsto, diminuindo o tempo de vida dos bovinos e a quantidade de gás poluente emitido por ele.
“Antecipamos em 16 meses o tempo de abate nos últimos sete anos. A carne orgânica e sustentável do Pantanal também faz parte deste programa de sustentabilidade”, pontuou Azambuja.
Sobre isso a ex-ministra do MAPA e deputada federal por MS, Tereza Cristina, que também esteve presente no evento disse:
“ Quanto mais tempo diminuímos na permanência do gado no pasto, menos emissão de metano permitimos”, concluiu.
O governo investiu R$ 118 milhões em premiações aos produtores que conseguiram abater o gado precocemente.
O atual ministro do MAPA, Marcos Montes, também fez uma participação por vídeo na abertura do Seminário e elogiou as ações tomadas por MS sobre a redução de gases poluentes da produção.