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Harfouche pede aposentadoria e sai pré-candidato ao Senado

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Ele garantiu que “não volta mais ao Ministério Público” e costura aliança com Rose Modesto, pré-candidata ao governo

O procurador de Justiça de Mato Grosso do Sul Sérgio Harfouche, filiado ao Avante, disse ter pedido aposentadoria e que não retorna mais ao Ministério Público. Acrescentou, ainda, que é pré-candidato ao Senado pelo Avante e que terá o apoio da pré-candidata ao governo de MS Rose Modesto, do União Brasil, que teria proposto a ele parceria política.

“Não há dúvida, sou pré-candidato ao Senado, pelo Avante, com suplente do Podemos e apoio de Rose [Modesto] e Soraya [Thronicke, senadora e presidente estadual União Brasil]”, afirmou na sexta-feira à tarde, ao Correio do Estado, o pré-candidato.

A primeira suplência da pré-candidatura de Harfouche, segundo ele, será de Alberto Schlatter, do Grupo Schlatter, empresa que atua no setor do agronegócio com unidades produtivas construídas em MS, MT e Goiás.

Harfouche, em 2020, concorreu à Prefeitura de Campo Grande, pleito definido no primeiro turno. Ele disputou, também, ao Senado, em 2018, sem sucesso nos dois pleitos.

Em 2020, sua candidatura foi questionada na Justiça Eleitoral por ele ter entrado na eleição sem deixar o cargo no Ministério Público, conforme obriga a legislação. Como a disputa acabou já no primeiro turno, a apelação contra Harfouche não seguiu adiante, perdeu a eficácia.

Depois de março deste ano, ao anunciar interesse nas eleições como concorrente à única vaga ao Senado, o assunto da eleição passada foi retomado.

Harfouche já tinha se licenciado do MP, mas não havia revelado que tinha se aposentado.

Ao Correio do Estado, na sexta-feira, o pré-candidato afirmou que há “no Tribunal Regional Eleitoral de MS decisão que o autoriza a concorrer independentemente do pedido de aposentadoria”. Tal decisão, garantiu Harfouche, é inquestionável.

Daí, disse que não “retorna mais” ao MP por conta da “aposentadoria, depois de 30 anos de prestação de serviço”.

Harfouche também anunciou pelas redes sociais, que: “Após 30 anos de trajetória no Ministério Público, o que eu adquiri de experiência, de bons resultados e de êxito não são suficientes para me fazer parar. Ao contrário, tudo isso me serve de base para fazer mais e melhor pelo meu País. Sou promotor Sérgio Harfouche, pré-candidato ao senado pelo Estado de Mato Grosso do Sul”.

Harfouche afirmou que Rose Modesto e Soraya o convidaram para concorrerem juntos. “Eu, pelo Avante, fui convidado [por Rose e Soraya] a disputar o Senado”, disse ele, que acrescentou que foram as duas parlamentares que propuseram a aliança.

A combinação, no entanto, ainda não foi oficializada.

O pré-candidato, ainda pelas redes sociais, anunciou que seu primeiro suplente “Alberto Schlatter almoçou com o presidente Bolsonaro, neste sábado [21/5] e empenhou [em seu nome e representando Harfouche] que, por meio dele, terá verdadeiro apoio do agro em Mato Grosso do Sul”.

A mensagem em questão indica que o agronegócio sul-mato-grossense entrou de cabeça nas eleições de outubro.

É que a pré-candidata ao Senado, pelo PP, a deputada federal Tereza Cristina, também conta com apoio do agronegócio de MS.

Ex-ministra (Agricultura) do governo de Bolsonaro, Tereza também é apoiada pelo presidente. A deputada afirmou que resolveu concorrer ao Senado por influência do mandatário, que a pediu que entrasse no páreo.

NO UNIÃO BRASIL

A deputada Rose Modesto ingressou no União Brasil, no início de abril, depois de romper alianças com seu ex-partido, o PSDB, que já havia escolhido pré-candidato ao governo.

Como o União Brasil prometeu a Rose prioridade em sua pré-candidatura, ela, antes de assinar a ficha de filiação, já anunciou que concorria o governo.

Depois disso, a deputada foi procurada pelos principais adversários que tentaram convencê-la a disputar ao lado deles, mas na condição de vice. Ela não aceitou nenhuma das propostas.

OS CONCORRENTES

Rose concorrerá com o ex-governador André Puccinelli (MDB), o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), Eduardo Riedel (PSDB), Capitão Renan (PRTB), Giselle Marques (PT) e Luhhara Arguelho (Psol).

Na disputa pelo Senado, já anunciaram como pré-candidatos, o ex-juiz Odilon de Oliveira (PSD), Tiago Botelho (PT), Tereza Cristina (PP) e, agora, o promotor Sérgio Harfouche (Avante). Conteúdo retirado do Correio do Estado.