A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, por meio da Vigilância Sanitária, emite alerta técnico para os serviços de saúde público e privado, de casos de Micobactéria de Crescimento Rápido (MCR), pós procedimentos cirúrgicos, ocorrido no município de Campo Grande.
A SES/MS orienta aos serviços de saúde públicos e privados quanto a tomada das seguintes medidas: Rever fluxo de trabalho dos centros de materiais e esterilização (CME); Manter registro de orientação e protocolo de entrada e saída de materiais consignados ou de profissionais; Supervisionar e monitorar as atividades ocorridas no CME; Padronizar saneantes utilizados no CME, utilizar apenas com registro/notificação como uso hospitalar; saneantes de uso doméstico não devem ser utilizados; Atenção redobrada na limpeza dos instrumentais e materiais utilizados nas cirurgias; Capacitar os funcionários responsáveis pelo processamento dos materiais; Padronizar as soluções para marcação de pele; Manter controle da qualidade da água.
A SES/MS ainda esclarece que os casos ocorridos em Campo Grande, a princípio, não têm correlação com o surto de Micobacteriose ocorrido no mês de abril deste ano, em pacientes brasileiras que foram submetidas a procedimentos cirúrgicos estéticos em Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
A Micobactéria de Crescimento Rápido se tornou um agente de monitoramento por parte da ANVISA e Vigilâncias Sanitárias após a ocorrência de surtos locais distribuídos pelo país entre os anos de 2003 a 2008, onde mais de 2.000 casos de infecção por MCR foram identificados.
A presença da Micobacteriose pode se manifestar em até dois anos em pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Os principais sintomas são: secreção na região operada, vermelhidão, dor e abertura de pontos. Após a manifestação de quaisquer sintomas o paciente deve procurar o estabelecimento ou profissional que o atendeu para tomar as devidas providências. A SES/MS está monitorando os casos.
Notificação
A notificação de MCR é compulsória e deve ser realizada por profissionais e instituições de saúde pública ou privada, de todo e qualquer caso suspeito de infecção por micobactéria de crescimento rápido relacionada a procedimento em serviços de saúde. Acesse o Alerta Tecnico nº 02_2022.