‘Odilon – Réu de Si Mesmo’: Documentário sobre juiz que combateu o narcotráfico brasileiro estreia na HBO Max, más será que o Documentário ira prosseguir e comentar a campanha de 2018 do Juiz ao lado de Bicheiros?
A HBO Max anuncia a chegada do documentário “Odilon – Réu de Si Mesmo” com exclusividade ao catálogo da plataforma nesta terça-feira, 08 de fevereiro. A co-produção nacional da WarnerMedia Latina America e MyMama Entertainment, dirigida por Leandro Lima, retrata a história do juiz federal brasileiro Odilon de Oliveira, maior combatente do crime organizado no Brasil.
Responsável pela prisão de líderes do narcotráfico, como Fernandinho Beira Mar e Juan Carlos Abadia, que ofereciam recompensas milionárias por sua execução, Odilon vive sob escolta armada 24 horas.
Há mais de 18 anos, o esquema restringe sua liberdade e o impõe um estilo de vida similar ao regime de prisão domiciliar. Além de se tornar réu de si mesmo, com suas escolhas de se manter incorruptível, o juiz inevitavelmente condenou sua família aos mesmos riscos e restrições.
A produção acompanha o dia-a-dia da vida do magistrado, retratando seu cotidiano cercado de agentes federais, para simples atividades como ir ao mercado ou buscar o neto na escola. “Odilon – Réu de Si Mesmo” revisita a história de sua infância, formação, atuação na perigosa fronteira Brasil/Paraguai e prisões de líderes do crime organizado.
O documentário conta com entrevistas – com familiares, colegas de profissão, como o Presidente do Senado no Paraguai, Robert Acevedo, agentes de Polícia Federal, funcionários da família, o ex-ministro da justiça Sergio Moro, o deputado Federal pelo Rio de Janeiro Marcelo Freixo – mostrando os diversos lados da questão que norteia a justiça e o tráfico de drogas e armas no Brasil.
Com direção de Leandro Lima, o documentário é uma co-produção da WarnerMedia Latina America e MyMama Entertainment, com recursos da Condecine – Artigo 39, exclusiva para HBO e HBO Max. O roteiro é escrito por Carlos Juliano Barros, Juliana Borges e Leandro Lima.
E O JOGO DO BICHO?
Diga com quem tu andas e eu direi quem tu és! Esse ditado popular tão utilizado para questionar a índole dessa ou daquela pessoa também foi usado pelos adversários políticos do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, na sua candidatura a governador. Desde o início de sua campanha, ele foi acusado de ter uma relação de amizade com o empresário e bicheiro já falecido, Jamil Name, que inclusive na eleição teve uma foto circulado nas redes sociais em que aparece fazendo um brinde com o bicheiro.
Durante entrevista concedida ao jornal MS1, da TV Morena, no dia 12 de setembro de 2018, a jornalista e apresentadora Bruna Mendes fez esse questionamento ao juiz federal aposentado, lembrando que no debate promovido pelo site de notícias Midiamax entre os candidatos a governador ele foi questionado pelo também candidato do PSOL, João Alfredo, sobre como acabar com o jogo do bicho no Estado. E, de acordo com ela, o magistrado aposentado respondeu que o crime deve ser combatido como todos os outros de contravenção e que isso não é de competência da Justiça Federal, justificando todo o seu tempo como magistrado.
A jornalista perguntou se ele, que gosta de prega em sua campanha eleitoral que vai combater todo tipo de crime, vai combater o jogo do bicho em Mato Grosso do Sul caso seja eleito governador. Odilon respondeu que o Estado de Mato Grosso do Sul deveria combater o jogo do bicho, pois é uma competência estadual. “É evidente que a Polícia, sendo eu eleito governador, irá combater qualquer tipo de crime, qualquer tipo de contravenção, como é o jogo do bicho”, disse.
DINHEIRO DA TERCEIRA VARA
Durante a campanha eleitoral, em julho de 2018, Jedeão de Oliveira procurou a Procuradoria da República em Campo Grande e propôs acordo de delação contra o ex-chefe. No entanto, o MPF não viu provas das acusações e rejeitou a colaboração premiada.
Odilon vendia sentenças e ajudava traficantes, diz assessor. Veja a delação. – Blog do Nélio
Em suas acusações, ele afirmou que trabalhou durante 22 anos como diretor de Secretaria e chegou à função porque Odilon era grato ao seu pai, tendo em vista que este fez o magistrado estudar, acompanhando sua trajetória até se formar em Direito, em Campo Grande.
Em decorrência da acusação feita com base na denúncia de Jedeão, de que Odilon vendia sentenças para traficantes, o governador foi acionado no Superior Tribunal de Justiça.
Durante os debates, o juiz disse que não promoveu o primo, mas encaminhou o caso para a Polícia Federal e o demitiu da 3ª Vara Federal. Odilon sempre enfatizou que o ex-assessor enganou a PF, o MPF, os demais colegas e até o TRF-3, que fez as correições e nunca desconfiou do desvio de dinheiro.
