Deputado Federal não concorda com a direita se unir ao Centrão no Mato Grosso do Sul
O deputado federal Marcos Pollon perdeu influência dentro do PL em Mato Grosso do Sul, mas continua bastante ativo nas redes sociais. Ele acredita que a direita está forte o suficiente para derrotar o presidente Lula nas próximas eleições.
Nesse cenário, Pollon não descarta a possibilidade de se candidatar ao Senado, embora não esteja muito entusiasmado devido à falta de apoio político, já que o PL já firmou compromisso de apoiar a candidatura do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para o Senado. Foi o ex-presidente Jair Bolsonaro quem decidiu apoiar Azambuja.
Após uma desavença com Bolsonaro no ano passado, quando Pollon presidia o PL em Mato Grosso do Sul, sua situação se complicou. Ele se lançou como pré-candidato a prefeito de Campo Grande, desconsiderando as negociações entre Bolsonaro e o PSDB para apoiar o deputado federal Beto Pereira. Como consequência, Pollon foi afastado da liderança do PL, que agora é comandada por Tenente Portela, um amigo próximo de Bolsonaro.
Atualmente, Pollon não participa mais das decisões do partido, não é convidado para reuniões nem consultado sobre suas opiniões. No entanto, ele mantém uma ligação forte com Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, e participa do projeto da direita para confrontar a esquerda nas próximas eleições. Os dois estiveram juntos na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Pollon é contra a união da direita com o Centrão, considerando essa aliança prejudicial. Ele cita como exemplo as eleições municipais, onde o PSD, parte do Centrão, elegeu o maior número de prefeitos no país.
Em Mato Grosso do Sul, o PSD, Republicanos e MDB estão alinhados com a direita e formam a base de apoio ao governador Eduardo Riedel (PSDB). Esses três partidos já se comprometeram a apoiar a reeleição de Riedel. Além disso, o PSD está negociando a filiação de Riedel, o que poderia fortalecer a candidatura à reeleição do senador Nelsinho Trad.
Nelsinho Trad conta com o apoio do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para garantir uma segunda vaga ao Senado na aliança que visa a reeleição de Riedel. A primeira vaga já está reservada para Azambuja.