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Allyson Leguizamon

MDB organiza força-tarefa para impedir possível fusão entre PSDB e PSD

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Simone foi a "madrinha" responsável pela alianças entre PSDB e MDB nas eleições de 2024.
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A cúpula nacional do partido quer Simone e Puccinelli atuando para convencer Riedel e Azambuja a recusarem oferta de Gilberto Kassab

Os integrantes da cúpula nacional do MDB formaram uma espécie de força-tarefa nos estados para tentar contornar o PSD de Gilberto Kassab e concretizar uma fusão com o PSDB, visando a sobrevivência política de ambos os partidos após as eleições gerais de 2026.

Em Mato Grosso do Sul, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ex-governador André Puccinelli foram designados pelo MDB para convencer o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja a desistirem de uma possível fusão com o PSD.

O ex-presidente Michel Temer, o governador do Pará, Hélder Barbalho, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e outras lideranças do partido já estão trabalhando junto aos tucanos para evitar a união do PSDB com o partido de Kassab.

Além de Riedel e Azambuja, os principais nomes do MDB mantêm diálogo com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, com o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e com os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Raquel Lyra (Pernambuco).

Em entrevista, Puccinelli declarou ser favorável à fusão do MDB com o PSDB e afirmou que fará o possível para que essa possibilidade se concretize, permitindo que ambas as siglas sobrevivam aos rigores das cláusulas de barreira impostas pela Justiça Eleitoral.

“No fim do ano passado, encontrei-me com o ex-ministro Carlos Marun e fui informado de que a negociação de uma possível fusão do MDB com o PSDB havia voltado à pauta dos presidentes nacionais Baleia Rossi e Marconi Perillo. Além disso, há conversas para que o Cidadania e outro partido, que poderia ser o Podemos ou Solidariedade, também participem dessa fusão”, revelou.

O ex-governador também mencionou que as conversas estão bastante avançadas e que pretende falar com Riedel e Azambuja para demonstrar as vantagens dessa fusão para ambos os partidos no Estado.

Sobre o MDB passar à frente do PSD no interesse de fusão com o PSDB, Puccinelli discordou: “Quem atravessou foi o Kassab; o MDB já trata dessa fusão há muito tempo”.

Segundo ele, todos os partidos estão discutindo fusões, incorporações ou federações. “Passadas as eleições de 2026, a legenda que não tiver pelo menos 70 deputados federais deixará de existir. É preciso entender que, sem esse número mágico, o partido não terá fundo partidário, fundo eleitoral nem tempo de rádio e TV”, alertou.

Na opinião de Puccinelli, até 2030, o Brasil deve ter no máximo 12 partidos políticos e, após mais alguns anos, não deve ultrapassar oito legendas. “Atualmente, temos no máximo cinco tendências políticas: direita, esquerda, centro, centro-direita e centro-esquerda. Não mais do que isso”, afirmou.

Ex-Governador André Puccinelli apoiou o candidato dos tucanos nas eleições de 2024.