Search
Picture of Informativo

Informativo

Justiça nega terceiro pedido de Claudinho Serra para tirar tornozeleira em ação por corrupção

Picture of Informativo

Informativo

Vereador é apontado como chefe de organização criminosa que desviou milhões de Sidrolândia.
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Vereador do PSDB é réu por chefiar esquema de corrupção em Sidrolândia

A Justiça negou terceiro pedido do vereador licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), para retirar a tornozeleira eletrônica. O tucano é monitorado eletronicamente desde o dia 26 de abril, após sair da prisão, onde permaneceu por 23 dias.

O primeiro pedido ocorreu em maio, menos de um mês após o vereador sair da prisão. Depois, a defesa do tucano tenta outra vez, em outubro, a pouco tempo de vencer o prazo inicial.

O parlamentar foi detido no decorrer das investigações da 3ª fase da Operação Tromper, que apontou Serra como o ‘chefe’ de esquema de corrupção em Sidrolândia, município a 70 km de Campo Grande e que atuou como secretário de fazenda durante gestão da prefeita Vanda Camilo (PP), sua sogra.

O HC (habeas corpus) foi analisado liminarmente (provisoriamente) pelo relator, desembargador José Ale Ahmad Netto. Assim, ainda passará por análise do colegiado da 2ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Na decisão, o magistrado não acolheu a tese da defesa, considerando que a medida ‘não se mostra desarrazoada’ e que o simples argumento de que Claudinho Serra cumpriu as medidas cautelares impostas não acarreta, necessariamente, ‘na retirada do aparelho de monitoramento’.

A defesa de Serra, em petição do advogado Tiago Bunning Mendes, afirma que os crimes apontados ao vereador terminaram em 13 de novembro de 2023 e que ele ‘não praticou novos crimes’ depois desse período.

Claudinho Serra pode ficar um ano usando tornozeleira

No fim do mês passado, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva – responsável pelo processo da Tromper – prorrogou por mais seis meses o uso da tornozeleira eletrônica para Claudinho Serra. Dessa forma, ele deverá retirar o equipamento no fim de abril de 2025. Ou seja, um ano depois, caso não haja nova decisão judicial revogando a medida.

Na ocasião, o juiz ressaltou o fato de que o esquema comandado pelo parlamentar causou muitos prejuízos à sociedade.

“Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, diz trecho da decisão.

Pesou ainda o fato de que, mesmo com a primeira deflagração da Operação Tromper, que revelou o escândalo de desvio de dinheiro no município o qual Serra era secretário de Fazenda e a sogra, Vanda Camilo, a prefeita, os crimes continuaram.

Na tentativa de se livrar do monitoramento eletrônico, Claudinho chegou a apelar que possui emprego lícito de vereador, o qual não exerce desde o dia 2 de abril. Depois disso, ficou 23 dias preso. Ao sair, entrou com licença remunerada de 120 dias e, por fim, vem apresentando atestados médicos seguidos para não comparecer à Câmara Municipal.

Recentemente, o empresário e advogado Milton Matheus Paiva se livrou da tornozeleira. A retirada da medida ocorreu após o investigado firmar acordo de delação premiada com a Justiça.