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Campo Grande é a 3ª cidade com maior inflação do país

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Inflação de Campo Grande ficou entre as mais altas do país - Marcelo Victor/Correio do Estado
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Conforme dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a capital de MS registrou aumento nos preços das carnes e alta inflação, impulsionada pelo aumento da energia elétrica

Campo Grande encerrou o mês de outubro com a terceira maior inflação do país, ao registrar uma variação de 0,70% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, já havia sido registrado um aumento de 0,56%, continuando bem acima da média nacional.

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8), a capital de Mato Grosso do Sul registrou uma inflação acumulada nos últimos 12 meses, que subiu de 3,88% para 4,76 %.

No contexto do aumento da inflação, a região Centro-Oeste teve destaque no panorama nacional. A maior variação nos preços de alimentos ocorreu em Goiânia (GO), com 0,80%, seguida por Belém (PA), com 0,78%, e Campo Grande (MS), com 0,70%.

Do outro lado da tabela, as cidades com a menor variação no país incluem Aracaju (SE), com 0,11%, devido à queda nos preços dos combustíveis (-2,88%) e do transporte urbano (-6,22% ).

 O índice calculado pelo IPCA é considerado a taxa oficial da inflação brasileira, refletindo diretamente no custo de vida e no poder de compra da população. Por isso, os dados da pesquisa servem para medir a variação dos preços de uma cesta básica e de produtos consumidos no país.

RegiãoPeso
Regional (%)
Variação (%)Variação
Acumulada (%)
SetembroOutubroAno12 meses
Goiânia4,171,080,804,305,08
Belém3,940,180,783,574,47
Campo Grande1,570,580,703,964,89
Brasília4,060,260,683,354,57
São Paulo32,280,360,674,055,05
Rio de Janeiro9,430,530,603,584,84
São Luís1,620,600,575,425,46
Rio Branco0,510,750,553,404,38
Vitória1,860,490,503,564,57
Recife3,920,170,503,573,48
Belo Horizonte9,690,510,505,106,23
Salvador5,990,280,483,464,15
Fortaleza3,230,300,463,784,97
Curitiba8,090,770,423,553,78
Porto Alegre8,610,390,163,023,81
Aracaju1,030,070,113,873,77
Brasil100,000,440,563,884,76
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços     


Inflação em alta: Preço da carne e energia elétrica sobem 

Não foi apenas a cesta básica brasileira que apresentou aumento. A alta também foi registrada em outubro nos setores de Habitação (1,49%), Alimentação e Bebidas (1,06%) e na energia residencial (4,74%), o que impulsionou o aumento do preço das carnes (5, 81%) em diversos estabelecimentos no país.

Em termos de impacto no índice geral de outubro, tanto Habitação quanto Alimentação e Bebidas desenvolveram com 0,23 pp no resultado total. Entre os subitens, a energia elétrica residencial foi a que mais pressionou o índice, com um impacto de 0,20 pp. 

“Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$4,46”, destaca André Almeida, gerente do IPCA e INPC.

RegiãoPeso
Regional (%)
Variação (%)Variação
Acumulada (%)
SetembroOutubroAno12 meses
Goiânia4,171,080,804,305,08
Belém3,940,180,783,574,47
Campo Grande1,570,580,703,964,89
Brasília4,060,260,683,354,57
São Paulo32,280,360,674,055,05
Rio de Janeiro9,430,530,603,584,84
São Luís1,620,600,575,425,46
Rio Branco0,510,750,553,404,38
Vitória1,860,490,503,564,57
Recife3,920,170,503,573,48
Belo Horizonte9,690,510,505,106,23
Salvador5,990,280,483,464,15
Fortaleza3,230,300,463,784,97
Curitiba8,090,770,423,553,78
Porto Alegre8,610,390,163,023,81
Aracaju1,030,070,113,873,77
Brasil100,000,440,563,884,76

Prepara o bolso

Além dos alimentos da cesta básica, que ficaram acima da inflação em outubro, os fóruns de casa também ficaram mais caros em diversas cidades brasileiras.

Ainda de acordo com os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o grupo de Alimentação e Bebidas teve alta de 1,06%, seguido pela alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1, 22% em outubro.

Também foi oferecido aumento nos preços das carnes, com uma alta de 5,81%, destacando-se os seguintes cortes: acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Altas também foram registradas no tomate (9,82%) e no café moído (4,01%). No lado das quedas, destacaram-se a manga (-17,97%), o mamão (-17,83%) e a cebola (-16,04%).

No setor de alimentação fora do domicílio, que registrou variação de 0,65%, houve aumento em relação ao mês anterior, quando a variação foi de 0,34%. O subitem refeição acelerou de 0,18% em setembro para 0,53% em outubro, enquanto o lanche passou de 0,67% para 0,88%.

Esta foi a maior variação mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54% 

“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica André André Almeida. 


Queda na inflação no setor de transportes 

Ao contrário do que foi visto acima, o setor de transportes teve queda na inflação neste mês de outubro, com -0,38% e -0,08 p.p de impacto no índice geral. Este resultado tem uma influência direta nas passagens aéreas, que registraram queda de -11,50% e -0,07% no preço de impacto no índice geral.  

As passagens de trem tiveram queda de -4,80%; dentro deles o metrô, teve queda de -4,63%; ônibus urbano -3,51% e a integração transporte público , com -3,04%, contribuíram diretamente na queda da inflação. 

Olhando o campo dos combustíveis, a queda da inflação chegou a -0,71%. O etanol teve queda de -0,56%, o óleo diesel ficou em -0,20%; gasolina -0,13% e o gás veícular com -0,48%.  


Campo Grande teve alta nos preços dos alimentos 

Outra preocupação para os campo-grandenses é o aumento de 0,77% no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) nos últimos 12 meses. No âmbito nacional, houve um aumento de 0,61% em setembro, e em outubro, a variação cresceu para 0,13%, superando o observado no mês anterior.

O INPC nacional acumulou alta de 3,92% para 4,60% nos últimos 12 meses, superando os 4,09% arrecadados ao longo do ano. Em outubro do ano passado, essa taxa era de 0,12%.

Os produtos fornecidos (1,11%) registraram aumento de preços pelo segundo mês consecutivo, acelerando de 0,49% em setembro para 1,11% em outubro. Por sua vez, a variação dos produtos não alimentícios (0,45%) ficou abaixo do resultado de setembro, que foi de 0,48%.

Quanto aos índices regionais, Goiânia registrou maior alta (0,94%), impulsionada pelo aumento no preço do tomate (26,88%) e da energia elétrica residencial (9,76%). Já a menor variação foi observada em Aracaju (0,09%), devido aos recuos nos preços do ônibus urbano (-6,22%) e da gasolina (-2,88%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação (%)Variação
Acumulada (%)
SetembroOutubroAno12 meses
Goiânia4,431,050,944,465,50
Brasília1,970,410,893,814,60
São Paulo24,600,440,874,014,66
Campo Grande1,730,590,773,884,70
Belém6,950,220,693,854,48
Rio Branco0,720,700,643,844,57
Rio de Janeiro9,380,590,613,354,56
Vitória1,910,560,584,014,58
São Luís3,470,640,555,195,19
Salvador7,920,270,533,203,79
Curitiba7,370,930,523,873,94
Belo Horizonte10,350,510,485,346,48
Fortaleza5,160,360,413,684,89
Recife5,600,180,403,333,17
Porto Alegre7,150,420,183,253,91
Aracaju1,290,080,093,923,69
Brasil100,000,480,613,924,60
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços