Nas últimas eleições municipais, em 2020, o índice de abstenções foi de 25,14%, menor do que o registrado em 2024
A abstenção nas eleições municipais de 2024 em Campo Grande bateu recorde, com mais de 180 mil eleitores deixando de votar no segundo turno, o que representa 28% do eleitorado. No primeiro turno, a abstenção já era alta, com 164,7 mil eleitores (25,5%) ausentes. No segundo turno, esse número subiu para 184 mil. Somados aos votos em branco e nulos, 33% dos eleitores de Campo Grande não escolheram um candidato no primeiro turno, e mais de 200 mil eleitores não votaram no segundo turno.
Os dados do TSE mostram que o número de votos em branco e nulos também foi significativo. No primeiro turno, 16,9 mil eleitores votaram em branco e 19,5 mil anularam seus votos. No segundo turno, foram 19,8 mil votos nulos e 11,7 mil votos em branco. A quantidade de abstenções e votos não direcionados reflete a crescente desmotivação dos eleitores, mesmo em uma eleição histórica, como a de Campo Grande, que foi a única capital do país a ter um segundo turno disputado entre duas mulheres.
Nas últimas eleições municipais, em 2020, o índice de abstenções foi de 25,14%, menor do que o registrado em 2024. Segundo a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, o Brasil continua apresentando índices elevados de abstenção, com a média nacional no primeiro turno sendo de 21%. Apesar da redução no número de votos em branco e nulos, o crescimento da abstenção preocupa, especialmente em uma eleição tão significativa para Campo Grande, onde Adriane Lopes (PP) foi eleita prefeita com 222 mil votos, contra 210 mil de Rose Modesto (União).