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Mato Grosso do Sul celebra 47 anos de criação com avanços econômicos, diversificação industrial e metas sustentáveis

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A divisão do antigo estado de Mato Grosso em 1977, durante o regime militar, por decreto do então presidente Ernesto Geisel.
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O Estado se consolida como potência no agronegócio e no ecoturismo, com forte crescimento na indústria de celulose e etanol

Mato Grosso do Sul celebra, neste 11 de outubro, os 47 anos desde sua criação, um marco na história brasileira que resultou na divisão do antigo estado de Mato Grosso em 1977, durante o regime militar, por decreto do então presidente Ernesto Geisel. A instalação oficial do governo sul-mato-grossense ocorreu em janeiro de 1979, atendendo a um desejo regional que remontava a movimentos separatistas do final do século XIX.

Desde então, Mato Grosso do Sul se destacou como uma das regiões mais promissoras do Brasil, com uma economia robusta, fortemente pautada no agronegócio, mas também com avanços significativos na indústria e no ecoturismo. Destinos como o Pantanal e Bonito colocam o estado entre os mais procurados no cenário mundial para o turismo sustentável.

Crescimento econômico e diversificação industrial

Em seu discurso para marcar a data, o governador Eduardo Riedel destacou o crescimento contínuo do Estado e o compromisso com o desenvolvimento sustentável. “Se você olhar os nossos números, entende muito bem por que Mato Grosso do Sul cresceu 6,6% em 2023, com a terceira melhor renda média do país. Já temos previsão de crescer neste ano 5,82%, mesmo contabilizando a quebra da safra. Isso acontece graças à diversificação advinda, por exemplo, da industrialização pela qual estamos passando”, afirmou o governador.

A economia de Mato Grosso do Sul tem registrado um crescimento acima da média nacional, principalmente em setores como o agronegócio, que permanece sendo a espinha dorsal da produção estadual. No entanto, o Estado também tem ampliado significativamente sua participação na indústria de transformação, com destaque para a produção de celulose e etanol, além de projetos de expansão portuária e rodoviária que favorecem a exportação de seus produtos.

Expansão no setor de celulose e etanol

O setor de celulose tem sido um dos carros-chefe da expansão industrial de Mato Grosso do Sul. Dos 280 mil hectares de florestas plantadas em 2023, 220 mil estão no território sul-mato-grossense, consolidando o estado como o “Vale da Celulose” do Brasil. “Temos seis grandes indústrias de celulose em operação: duas da Suzano em Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas; duas da Eldorado em Três Lagoas; uma da Arauco, em Inocência, e outra da Bracell, em Água Clara”, detalhou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.

No setor sucroenergético, Mato Grosso do Sul também tem ganhado destaque em nível nacional. Atualmente, o estado ocupa a quarta posição no ranking de produção de etanol de cana-de-açúcar e a segunda posição na produção de etanol de milho, com uma produção combinada de 3,8 bilhões de litros na última safra. A produção de biometano também está em expansão, o que reforça a aposta do Estado na sustentabilidade.

Mato Grosso do Sul é referência mundial no setor de celulose.

Compromisso com a sustentabilidade

Além do crescimento econômico, Mato Grosso do Sul busca ser um exemplo de desenvolvimento sustentável. O governo estadual tem metas ambiciosas, como a neutralidade de carbono até 2030, uma das estratégias para alinhar o crescimento industrial com a preservação ambiental. “São linhas estratégicas de desenvolvimento sustentável e crescimento socioeconômico que colocam o nosso Estado na linha de frente. O reconhecimento que temos obtido do setor privado reforça que estamos no caminho certo”, apontou Jaime Verruck.

Além disso, Mato Grosso do Sul registrou o maior crescimento do PIB do agronegócio no Brasil em 2023, com um aumento de 32%. O Estado responde por 7,6% da produção agropecuária nacional, sendo destaque na produção de soja, milho e algodão, além de liderar a exportação de celulose, respondendo por 24% da produção nacional.

Infraestrutura e logística de ponta

O Estado tem investido fortemente em infraestrutura, como estradas, portos e ferrovias, para consolidar sua posição como um dos maiores hubs logísticos do país. Um exemplo é o Porto de Porto Murtinho, que conecta Mato Grosso do Sul aos mercados internacionais via hidrovias e rodovias, facilitando o escoamento de produtos como soja, milho e celulose. O estado também tem um plano ambicioso de concessão de rodovias e aeroportos, o que promete atrair ainda mais investimentos.

“Estamos consolidando Mato Grosso do Sul como um grande centro logístico para o Brasil. Com a infraestrutura que estamos implementando e as parcerias público-privadas, o estado se torna cada vez mais competitivo, atraindo novos empreendimentos”, completou o governador Eduardo Riedel.

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Investimento público e crédito ao setor produtivo

Outro ponto importante destacado pelo governo foi o papel fundamental do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) no apoio ao desenvolvimento do estado. Até setembro de 2024, o FCO já havia aprovado mais de R$ 1,7 bilhão em projetos empresariais e rurais, sendo essencial para a ampliação do setor agroindustrial e de serviços. O fundo tem sido crucial, por exemplo, no desenvolvimento da avicultura, suinocultura e piscicultura, além de projetos de irrigação e recuperação de pastagens.

Com uma economia em expansão, forte investimento em infraestrutura e políticas públicas voltadas para a sustentabilidade, Mato Grosso do Sul celebra seus 47 anos de criação consolidando-se como uma das regiões mais promissoras do Brasil e um exemplo de desenvolvimento equilibrado.